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Itália/Monti

Mario Monti apresenta demissão e deixa governo italiano até fevereiro

O  chefe de governo italiano Mario Monti apresentou oficialmente sua demissão nesta sexta-feira, logo depois do Parlamento adotar o orçamento para 2013, que obteve o voto de 309 deputados. Mario Monti reuniu os membros do seu gabinete e se dirigiu em seguida ao palácio do Quirinau, onde apresentou sua demissão ao presidente Giorgio Napolitano. Ele permanece no cargo até fevereiro, data das próximas legislativas.

O chefe do governo italiano Mario Monti
O chefe do governo italiano Mario Monti REUTERS/Eric Gaillard
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O presidente italiano disse que dará início às consultas com os dirigentes políticos neste sábado, antes de uma provável dissolução do Parlamento. Segundo um comunicado da Presidência, ele pediu a Monti que ficasse no governo até as próximas eleições. Com a demissão do premiê, as legislativas na Itália devem ocorrer até o dia 24 de fevereiro, mas o premiê italiano deve manter o suspense até domingo sobre uma possível candidatura.

Uma hora antes de renunciar ao cargo, em seu último discurso no Parlamento italiano, Monti qualificou seus 13 meses no poder de “difíceis, mas fascinantes”, e não deu pistas sobre suas ambições políticas. Neste domingo, às 10h, ele recebe a imprensa para a habitual coletiva de final de ano, onde deverá dar novas declarações.

Nomeado em novembro de 2011, Monti, ex-comissário europeu, teve a difícil tarefa de substituir Silvio Berlusconi, envolvido em diversos escândalos de corrupção, e de salvar a economia do país diante de uma das piores crises já enfrentadas pela zona do euro -a taxa de desemprego entre os jovens até 25 anos ultrapassa os 30%. Durante seu mandato, o premiê anunciou diversas medidas de austeridade, que incluíram aumento de impostos e reforma da aposentadoria. Os cortes nos gastos públicos contribuíram para uma baixa da popularidade de Monti, e seu mandato foi marcado por diversas manifestações.

Imprensa está dividida sobre futuro de Monti

Parte da imprensa italiana aposta que Monti continuará na política para apoiar a coalizão de centro-direita que disputa as eleições. Seu engajamento, acreditam os editorialistas do país, seria uma das únicas maneiras de bater o PDL de Silvio Berlusconi, que tem 20% das intenções de voto. Monti teria guardado um certo rancor do partido, que retirou seu apoio e o fez perder a maioria no Parlamento. Para o site do La Stampa, Monti não correria o risco de se apresentar e chegar em segundo ou terceiro lugar. O líder de esquerda, Pier Luigi Bersani, é dado como favorito, e tem de 30 a 35% das intenções de voto.
 

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