Presidente cabo-verdiano alerta para perda de mão-de-obra para países europeus
A mobilidade da mão-de-obra cabo-verdiana para o estrangeiro tem deixado alguns sectores apreensivos, temendo a deterioração dos serviços prestados em Cabo Verde. O chefe de Estado cabo-verdiano, José Maria Neves, pede serenidade na análise de saída de cabo-verdianos e defende a regulamentação da mobilidade dos trabalhadores cabo-verdianos para o estrangeiro.
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O Presidente da República tomou esta posição horas depois de receber a Rede de Associações Comunitárias da Praia, que foram ao Palácio do Plateau pedir apoio ao chefe de Estado para evitar fuga de mão-de-obra para o estrangeiro. Abordado pela imprensa, sobre o recrutamento em curso de trabalhadores cabo-verdianos para laborar, principalmente, no sector do turismo em Portugal, José Maria Neves defendeu a regulamentação da mobilidade de mão-de-obra para o estrangeiro.
“É importante que esse fluxo seja regulado, para evitar a sobre-exploração das pessoas e evitar que os direitos e as garantias dos trabalhadores não sejam respeitados. Também é fundamental que esse recrutamento seja feito de forma adequada e que haja articulação entre o Estado e as empresas para se evitar que haja um impacto muito negativo no funcionamento das empresas e a degradação da qualidade da prestação dos serviços aqui a nível do país”, disse o Presidente José Maria Neves.
Por sua vez, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva já disse que o Governo de Cabo Verde está a negociar com Portugal um acordo que garanta protecção e salvaguarda de direitos ao abrigo do contrato de trabalho para cabo-verdianos que queiram aderir à mobilidade laboral.
Nos últimos dias, várias são as empresas portuguesas que têm realizado acções de recrutamento no arquipélago, isto devido à carência de mão-de-obra em Portugal e outros países europeus.
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