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Cabo Verde

Cabo Verde: “condições precárias” de evacuação de doente da Brava causam revolta

Em Cabo Verde após a morte de um adolescente que foi evacuado numa embarcação de pesca da Brava rumo à ilha do Fogo, o Presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, apela à resolução definitiva dos problemas de ligações marítimas e pede a criação de condições para que a ilha tenha navios permanentes.

As “condições precárias” de evacuação do doente da Brava, para o Fogo estão a revoltar a sociedade e nas redes sociais muitos cidadãos pedem ao governo que crie as condições para que a Brava tenha uma embarcação disponível para socorrer a população.
As “condições precárias” de evacuação do doente da Brava, para o Fogo estão a revoltar a sociedade e nas redes sociais muitos cidadãos pedem ao governo que crie as condições para que a Brava tenha uma embarcação disponível para socorrer a população. © Cortesia cvinterilhas.cv
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Os problemas de transporte de e para a ilha Brava, a menor ilha habitada do país, são recorrentes. Mas, nos últimos dias a situação ficou ainda mais difícil. Sem navio de passageiros no porto de Furna, as autoridades de saúde tiveram de recorrer a uma pequena embarcação de pesca para fazer o transporte de um adolescente doente da Brava para a ilha vizinha do Fogo.

A meio do caminho, o bote de pesca avariou-se e teve de regressar à Brava onde, segundo as autoridades, o doente foi transferido para um outro bote para retomar a evacuação. Horas depois, o adolescente faleceu no Hospital Regional da ilha do Fogo.

As “condições precárias” de evacuação do doente da Brava, para o Fogo, estão a revoltar a sociedade e nas redes sociais muitos cidadãos pedem ao governo que crie as condições para que a Brava tenha uma embarcação disponível para socorrer a população. Apelo a se juntar, o autarca da Brava, Francisco Tavares.

“Apelar para que definitivamente se encontre uma solução para a ilha Brava e nunca mais termos de falar de falta de ligações entre a Brava e o Fogo, mormente, em casos de emergência” disse o Presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares.

O edil, que em declarações à imprensa, na Brava, mostrou-se agastado com a situação dos problemas de transporte, afirmou que “a Brava tem de ser uma ilha em que o barco deve pernoitar na ilha e permanecer o maior tempo possível”.

Por sua vez, o delegado de Saúde da Brava, Hélder Pires que acompanhou o adolescente e viajou com o doente no bote de pesca negou que as condições de evacuação tenham sido a causa da morte do rapaz de treze anos de idade.

“O doente esteve em casa por cinco dias, foi levado ao hospital, imediatamente foi evacuado para o Fogo. Tudo foi feito na hora. Tivemos uma actuação rápida e mesmo que o navio estivesse na Brava o desfecho provavelmente seria o mesmo, porque se travada de um caso gravíssimo de anemia” disse o delegado de Saúde da Brava.

Hélder Pires disse ainda que “o barco sempre pernoita na Brava, no sábado e no domingo, mas só que com a avaria de dois navios da CV Interilhas, infelizmente o barco não estava”, mas que já há garantia que a situação será normalizada.

Ouça aqui a correspondência de Odair Santos, correspondente em Cabo Verde.

01:36

Correspondência de Odair Santos, 03/08/2022

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