Cabo Verde: autoridades reagem à subida no Indíce Global de Paridade
Cabo Verde subiu, este ano, 23 lugares no Índice Global de Paridade estando agora na 45.ª posição com 0,736 pontos. O índice, feito com base nos relatórios de análise do Fórum Económico Mundial, que compara o estado actual e evolução da paridade de género em quatro dimensões-chave, Cabo Verde é o décimo melhor posicionado em África a nível da paridade. No país celebra-se a posição de Cabo Verde, mas se quer mais.
Publicado a:
Ouvir - 01:31
As autoridades nacionais congratulam-se por Cabo Verde passar a ocupar a 45.ª posição no ranking de países com maior igualdade de género do Fórum Económico Mundial. Uma subida de 23 posições no Índice Global de Paridade. O ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, afirma posição ocupada por Cabo Verde é demonstração clara de que o país é de liberdade, de democracia e de igualdade de género, mas, é preciso fazer mais individualmente para se atingir a igualdade de género que se quer em Cabo Verde.
“Mas essa saudação que as nossas leis, os nossos quadros de regulação nos permitem hoje celebrar parece-me em algum lugar e em algum ponto a cabeça dos cabo-verdianos e a cultura ainda não chegou lá. E é preciso continuarmos este trabalho que é um trabalho diariamente continuarmos a lutar pela igualdade do género. Não na legislação e nem na prática pública e regulatória, porque já lá estão, mas no nosso íntimo, na forma de ver a vida, de ver o outro e de tomar decisão, é ali que temos a grande luta pela igualdade do género”, afirmou o ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, reforçando que ainda que a “grande luta” pela igualdade do género “está na acção de cada um de nós”.
Empoderamento político, educacional, saúde e sobrevivência são alguns dos 14 indicadores da avaliação que contribuíram para a subida de Cabo Verde no Índice Global de Paridade. A nível do continente africano o arquipélago encontra-se em 10.° lugar no que diz respeito à paridade.
Criado em 2006, o Índice Global de Paridade é o mais antigo que acompanha e avalia o progresso alcançado pelos países, com o intuito de colmatar os fossos de género ao longo do tempo.
Para que um país seja incluído neste índice deve reportar um mínimo de 12 dos 14 indicadores.
O relatório deste ano abrangeu 146 países, incluindo, pela primeira vez, Comores, mas países como Bahamas, Cuba, Croácia, Iraque, Mauritânia, Papua Nova Guiné, Federação Russa, Síria, Trinidad e Tobago, Venezuela e Iémen não estão incluídos nesta edição de 2022.
Ouça aqui a correspondência de Odair Santos, correspondente em Cabo Verde.
Correspondência de Cabo Verde, 17/07/2022
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro