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Grandes Lagos

Cimeira quadripartida africana sobre a RDC sob a égide de João Lourenço

Nesta terça-feira, decorre em Luanda a cimeira quadripartida para a pacificação do continente, com um foco particular sobre a situação na RDC que continua a braços com a violência de grupos armados, nomeadamente dos M23, na sua zona leste. Estão presentes os chefes de Estado dos países da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, da Comunidade da África Oriental, da Comunidade Económica dos Estados da África Central e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.

Diversos chefes de Estado africanos participam na cimeira desta terça-feira em Luanda.
Diversos chefes de Estado africanos participam na cimeira desta terça-feira em Luanda. © LUSA
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Na abertura da conferência, em Luanda, o chefe de Estado de Angola defendeu o “reforço” da coordenação entre países para a pacificação da zona dos Grandes Lagos e enalteceu os esforços da União Africana e das Nações Unidas para estancar a crescente insegurança na República Democrática do Congo onde, segundo ONGs no terreno, desde o começo do ano, mais de 2.750 civis foram mortos em ataques no leste do país.

“É ponto assente que todas as organizações aqui presentes estão investidas da mesma missão, a de ver a região dos Grandes Lagos livre dos conflitos que adiam irremediavelmente os planos nacionais de desenvolvimento e comprometem, por conseguinte, a tão almejada agenda de integração regional e continental”, destacou João Lourenço que actualmente assegura a presidência rotativa da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos.

Ao referir-se à situação vigente na RDC e à tensão com o Ruanda, o Presidente angolano que nestes últimos meses tem conduzido iniciativas de mediação, sublinhou que o diálogo encaminhado entre as partes permitiu a adopção do “Roteiro de Luanda sobre o Processo de Pacificação na Região Leste da RDC” e do “Plano de Acção Conjunto para a Resolução da Crise de Segurança na Região Leste da RDC”, documento que estabelece o acantonamento dos elementos do M23 em território congolês, o início do repatriamento de todos os refugiados, assim como o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reinserção (DDR).

No âmbito da cimeira desta terça-feira, pretende-se agora adoptar medidas para reforçar o processo de pacificação do Leste do Congo Democrático, no quadro do desarmamento do movimento rebelde M-23.

Ontem, no quadro da reunião ministerial preparatória da cimeira, foi aprovado o relatório e o plano que define as tarefas concretas a serem desenvolvidas por cada contingente militar envolvido no desarmamento e acantonamento das forças do M-23, para aprovação dos líderes que hoje, devem também abordar outras questões de segurança no continente que enfrenta vários conflitos.No final da cimeira, deverá ser publicado um Comunicado Final que reflecte as conclusões das discussões.

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