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Angola

Angola: Ministério da Educação e Sindicato trocam acusações em relação à greve

O Ministério da Educação de Angola acusa o Sindicato Nacional de Professores angolanos, Sinprof, de estar a impedir o trabalho de alguns professores que não aderiram à greve. O movimento sindical refuta as acusações, sublinhado que a adesão à greve é total.

O Ministério da Educação acusa o SINPROF de impedir o trabalho alguns professores que não aderiram à greve.
O Ministério da Educação acusa o SINPROF de impedir o trabalho alguns professores que não aderiram à greve. LUSA - AMPE ROGÉRIO
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Ao quarto dia de greve no ensino geral, persiste o impasse entre Ministério da Educação (Med) e Sindicato Nacional de Professores Angolanos (Sinprof).

O coordenador da Comissão Nacional de Negociação do Ministério da Educação, Caetano Domingos, reconhece o impacto da greve no sector da educação, denunciando e que alguns docentes, que não aderiram à greve, estão a ser impedidos de trabalharem pelo Sinprof.

Caetano Domingos refere que se trata dos professores das províncias do Huambo, Bié e Luanda, cujo vinculo contratual, com o Ministério da Educação, ainda se encontra em regime probatório.

“Alguns membros do sindicato nacional dos professores estão a intimidar os colegas que querem trabalhar. Vão às escolas e impedem que os colegas entrem inclusive os alunos. Na província do Huambo, do Bié e Luanda. Queremos chamar atenção os colegas que cumpram a lei é um direito que lhe assiste fazer greve, mas que não impeçam os colegas que queiram trabalhar. Colegas no regime probatório, por lei ainda não são funcionários de quadro. Não devem aderir à greve”, explicou o coordenador da Comissão Nacional de Negociação do Ministério da Educação.

O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Professores Angolanos, Admar Ginguma, desvaloriza as acusações e lembra que adesão à greve nos vários subsistemas de ensino não universitário é geral.

“O argumento do Ministério da Educação, segundo o qual, os nossos colegas a nível das províncias do Bie, do Huambo e de Luanda estão impedir professores de dar aulas é um argumento infundado, na medida em que adesão a greve é 100% . Se houver alguma direcção de escola que tenha registado algum acto de coação a professores que não tenham aderido à greve, no momento que isso estiver ocorrer é só chamar a polícia, porque a lei impede que isso acontece”, aconselhou Admar Ginguma.

O Ministério da Educação reconhece que, apesar dos constrangimentos, as conversações com o Sinprof estão a decorrer a bom ritmo e que os três últimos pontos do caderno reivindicativo, promoção de categoria,  monodocência e o subsídio de isolamento , da classe estão a ser trabalhos pelo Maptess, o Minfin e o Med.

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