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Angola

Angolanos aguardam que governo e família de José Eduardo dos Santos ultrapassem divergências

A morte do ex-Presidente, José Eduardo dos Santos, está a marcar a actualidade de Angola, cuja população aguarda com expectativa a superação das divergências entre o Executivo e a família para a realização de um funeral condigno da sua dimensão.

Mulheres choram e cantam em Luanda ao saberem a morte de José Eduardo dos Santos.
Mulheres choram e cantam em Luanda ao saberem a morte de José Eduardo dos Santos. LUSA - AMPE ROGÉRIO
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O Presidente João Lourenço, depois de reunir a direcção do seu partido, o MPLA, exarou um novo decreto dilatando o período de luto nacional que começou hoje de cinco para sete dias.

Foi criada uma comissão governamental para organizar o funeral de José Eduardo dos Santos, cujos filhos ainda não chegaram acordo com o governo para a sua realização em Angola. Os filhos distanciaram-se do Governo do Presidente João Lourenço depois dos processos judiciais movidos contra si, no quadro do combate à corrupção.

Entretanto,José Eduardo dos Santos que governou o país, com um poder autocrático por mais de 30 anos, não é consensual em Angola.Os angolanos que reconhecem o seu papel na conquista da paz, depois de mais de duas décadas de guerra civil, na sua maioria, são críticos a sua governação que criou grandes desigualdades sociais.

José Eduardo dos Santos criou uma elite política milionária e formatou um dos Estados mais corruptos do mundo, cuja maioria da população vive na extrema pobreza. É no quadro deste cenário que os angolanos seguem com serenidade os desenvolvimentos que visam a realização do seu funeral de Estado programado pelo governo.

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