Acesso ao principal conteúdo
Greve

Angola: Braço-de-ferro entre médicos e governo

Em Angola, a ministra da Saúde disse que poderá responder às reclamações dos médicos em greve dentro de 90 dias. O movimento dura desde 6 de Dezembro e há mais protestos marcados para esta semana.

Hospital pediátrico David Bernadino. Luanda, 13 de Dezembro de 2021.
Hospital pediátrico David Bernadino. Luanda, 13 de Dezembro de 2021. © Daniel Frederico/RFI
Publicidade

Os médicos angolanos estão em greve desde 6 de Dezembro e há filas junto aos hospitais públicos. A classe médica exige, nomeadamente, a recolocação do presidente do Sindicato dos Médicos, Adriano Manuel, afastado do seu posto há 18 meses depois de ter denunciado a morte, em 24 horas, de 19 crianças na pediatria de Luanda por falta de medicamentos. Os médicos reclamam, ainda, o aumento do salário até um milhão de kwanzas, contra os actuais 350 mil kwanzas, melhores condições de trabalho e medicamentos nos hospitais.

Em reacção, a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, pediu mais 90 dias para atender à situação salarial.

"Estamos a apelar aos nossos profissionais que voltem aos serviços, a situação de salário é global e, dentro de 90 dias, o executivo vai resolver já que está em curso um plano de aumento salarial", frisou a ministra, esta segunda-feira à noite, mostrando-se aberta ao diálogo.

Como plano B para pressionar o executivo, os médicos agendaram para esta quarta-feira uma vigília junto ao maior hospital público do país, “Josina Machel" e uma manifestação foi convocada para o dia 18 de Dezembro, em Lunda.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.