Angola: professores do ensino superior entram em greve para a semana
O Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior anunciou ontem uma greve por tempo indeterminado a partir da semana que vem, por considerar não ter obtido qualquer resposta satisfatória por parte do governo sobre reivindicações que estão em cima da mesa há 7 anos.
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O Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior anunciou esta quarta-feira, 3 de Novembro, em Luanda, a realização de uma grave por tempo indeterminado a partir do próximo dia 10 de Novembro devido às escassas respostas do governo em matéria de reivindicações.
De acordo com a declaração de greve apresentada à imprensa pelo Secretário Geral do Sindicato, Peres Alberto, os professores exigem o aumento salarial, o pagamento dos subsídios em atraso, melhores condições de trabalho e a eleição das direções das universidades, entre outras reivindicações.
Segundo o sindicato, o caderno reivindicativo na posse do governo há sete anos não mereceu qualquer resposta positiva, o que obrigou os docentes a declararem a greve que vai paralisar todas as unidades orgânicas da Universidade Pública, Agostinho Neto.
Recorde-se que em Setembro deste ano, no arranque do ano lectivo, estas exigências já vigoravam e as aulas tiveram início sob um clima de ameaça de greve devido ao silêncio do ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia de Angola em responder às exigências dos professores.
Peres Alberto explicou na altura que os baixos salários, a falta de condições de trabalho, bem como a rejeição de eleições para indicação de novos reitores nas universidades do ensino superior público foram algumas das causas da indignação dos docentes. Apesar disso, a greve não chegou a realizar-se no mês de Setembro e os professores voltam agora à luta pelos seus direitos.
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