Greve dos Caminhos de Ferro de Luanda
Na ausência de um acordo entre os seus representantes e a entidade empregadora que estiveram reunidos na passada Sexta-feira, os 900 trabalhadores dos Caminhos de Ferro de Luanda iniciaram hoje uma greve por tempo indeterminado, para reivindicar melhores condições laborais e salariais, o Sindicato dos Trabalhadores daquela empresa reivindicando nomeadamente um aumento salarial de 80%.
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No seu caderno reivindicativo que abrange uns 20 pontos, os grevistas reclamam também a melhoria dos subsídios de transporte, de instalação, alimentação e a implementação do seguro para o tratamento de doenças profissionais e de acidentes de trabalho, exigências às quais a direcção da empresa diz-se incapaz de responder alegando não beneficiar de condições financeiras para tal.
A empresa que vive dificuldades, sobrevive com o apoio do Ministério das Finanças, situação que os trabalhadores ignoram, acusando o Conselho de Administração de gestão danosa dos recursos financeiros disponíveis.
Desde as primeiras horas desta manhã, os trabalhadores têm apenas garantido os serviços mínimos. Dos 17 comboios da empresa, apenas circularam dois esta Segunda-feira. A greve que afecta a actividade laboral em Luanda, também cortou a circulação de passageiros e mercadorias entre a capital e as províncias do Kuanza-Norte e de Malanje. Mais pormenores com Avelino Miguel.
Avelino Miguel, correspondente da RFI em Angola
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