Greve de médicos a nível nacional em Angola

Em Angola há greve de médicos, com o ministério da Saúde, acusando um sindicato de ser ilegal pelo que promete responsabilização civil e criminal. Do seu lado, o sindicato afirma que a ministra da saúde não acreditava na capacidade de mobilização sindical, pelo que agora, tem uma greve a nível nacional. 

Médicos em greve em Angola, críticas do governo e de doentes. AFP

Médicos angolanos estão desde ontem em greve, com uma adesão de 98% e a nível nacional, segundo o sindicato da profissão.

O motivo da greve é a reivindicação de melhores condições de trabalho e a contratação de todos os profissionais que estão no desemprego, segundo o sindicato nacional dos médicos de Angola.

Mas, o ministério da Saúde diz que a paralização dos hospitais é ilegal, prometendo responsabilizar criminal e civilmente as pessoas que estão por trás desse movimento de greve.

Não é o pensamento de Adriano Manuel, presidente do sindicato nacional dos médicos de Angola, que disse que a ministra da saúde minimizou a capacidade organizativa sindical, estando hoje a greve a ocorrer em todo o país.

"A ministra da Saúde, ontem, não acreditava na capacidade organizativa dos sindicatos, na capicidade de mobilização dos sindicatos; hoje a greve está praticamente a nível de Angola."

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Adriano Manuel, presidente do Sindicato nacional dos médicos de Angola.

Discurso idêntico têm outros médicos, mas entre os pacientes, as vozes são dissonantes com críticas duras, como se pode ouvir na reportagem do nosso correspondente, Daniel Frederico, num hospital de Angola.

"Eu acho que essa coisa de greve de médicos, não devia existir, porque se trata da saúde pública".

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Reportagem num hospital de Angola, do nosso correspondente, Daniel Frederico