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China/África

Fórum China/África arrancou em Pequim

O terceiro Fórum de Cooperação China-África decorre esta segunda e terça-feira, em Pequim, e junta dezenas de chefes de Estado e de Governo do continente africano, como os Presidentes de Angola, de Moçambique e da Guiné-Bissau e os primeiros-ministros de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

O presidente de Angola, João Lourenço, e o presidente chinês, Xi Jinping, na véspera da abertura do fórum África-China.
O presidente de Angola, João Lourenço, e o presidente chinês, Xi Jinping, na véspera da abertura do fórum África-China. https://www.focac.org/
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A terceira edição do Fórum de Cooperação China-África vai contar com 53 países africanos. Hoje e manhã, vão estar no evento dezenas de chefes de Estado e de Governo africanos, entre os quais os Presidentes de Angola, João Lourenço, de Moçambique, Filipe Nyusi, e da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, e os primeiros-ministros de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, e de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também está presente.

Na cerimónia de abertura, o Presidente chinês, Xi Jinping, disse que a China "está pronta a reforçar a cooperação" com África e que o investimento chinês não acarreta "condições políticas". Esta foi a resposta às acusações de que Pequim quer aumentar a sua esfera de influência através do plano internacional de infra-estruturas Nova Rota da Seda.

Na véspera, o Presidente angolano, João Lourenço, agradeceu, em Pequim, ao homólogo chinês a ajuda ao processo de reconstrução nacional em Angola.

De acordo com o Jornal de Angola, João Lourenço falava durante a recepção oficial que lhe foi oferecida por Xi Jinping e disse que Angola encontrou na China um parceiro que está a ajudar a construir o país.

Também no domingo, no fórum de negócios com empresários moçambicanos e chineses, o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, classificou a cooperação entre Moçambique e China como uma relação sólida que ninguém vai derrubar.

Segundo o chefe de Estado, a China tornou-se num dos maiores investidores em Moçambique: entre 2013 e o primeiro semestre deste ano, foram aprovados 149 projectos correspondentes a 751 milhões de dólares de investimento directo estrangeiro, susceptíveis de criar cerca de 20 mil postos de trabalho. Nyusi apontou, nomeadamente, sectores do turismo, ecoturismo, agricultura, agroindústria, mineração, produção de energia e infraestruturas.

 

China: o maior parceiro comercial de África

 

De acordo com a agência Lusa, durante o primeiro semestre de 2018, a China foi o maior parceiro comercial de África, pelo nono ano consecutivo.

Entre Janeiro e Junho de 2018, o comércio bilateral aumentou 16%, em termos homólogos, para 98.800 milhões de dólares (84.600 milhões de euros).

Desde 2015, a média anual do investimento directo da China no continente fixou-se em 3.000 milhões dólares (2.500 milhões de euros), com destaque para novos sectores como indústria, finanças, turismo e aviação.

Pequim também investiu no sector bélico, tendo criado no Djibouti a primeira base militar fora de território chinês em 2017.

No computo geral, a China tem vindo a reforçar de tal modo a sua influência no continente que detém actualmente cerca de 14% da sua dívida, uma situação perante a qual o FMI tem tecido alertas sobre a excessiva dependência do continente em relação à China.

Contudo, do ponto de vista de José Rocha Diniz, director do diário "Tribuna de Macau", comparativamente aos seus concorrentes ocidentais, a China tem como vantagem a sua estabilidade política que lhe permite fazer planos a longo prazo.

01:14

José Rocha Diniz, director do diário "Tribuna de Macau", entrevistado por Liliana Henriques

 

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