Refugiados da RDC no Dundo sobrevivem com o abate de árvores
A situação precária dos refugiados da República Democrática do Congo em Angola foi denunciada esta Segunda-feira pelo Padre Colme Reide, pároco de São José de Sachindongo, na Diocese do Dundo na Lunda Norte, nos meios de comunicação social angolanos.
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De acordo com o pároco, “actualmente a única fonte de receita para os refugiados é o carvão" resultante do abate das árvores, apesar de ser sabido que esta prática é prejudicial para o meio ambiente.
Ao referir que os refugiados “são pessoas que querem trabalhar, querem melhorar as suas condições de vida", o Padre Colme Reide sublinha que "estão a viver numa situação bastante precária em termos de acesso aos medicamentos. A pessoa doente apresenta-se ao Hospital e o hospital não tem possibilidade de cuidar da pessoa doente”, lamenta o pároco antes de acrescentar que paralelamente “o Estado tem farmácia onde tem “de tudo” só que é preciso dinheiro e os refugiados não estão isentos desta situação”.
De referir que no último ano e meio, 33 mil congoleses fugindo à violência no seu país foram chegando a Angola e acabaram por lá encontrar refúgio, essencialmente na província da Lunda Norte, que faz fronteira com a RDC. De acordo com dados das autoridades angolanas, 11 mil desses refugiados regressaram voluntariamente ao seu país este ano, os restantes tendo sido acantonados no campo de refugiados do Lóvua, Mussunge e Cacanda.
Mais pormenores com Daniel Frederico.
Daniel Frederico, correspondente da RFI em Angola
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