Trabalhadores da ENP reclamam salários com vigília
400 trabalhadores da Empresa Nacional de Pontes (ENP), empresa pública na falência, retomaram hoje a sua vigília junto da empresa para reclamar mais de quatro anos de salários em atraso.
Publicado a: Modificado a:
Os trabalhadores querem falar sobre os 47 meses sem salários, sobre as esposas que abandonaram as casas, sobre a falta de dinheiro para pagar a escola, comida e roupa para os filhos.
Angola continua a viver uma onda de greves associadas ao momento de crise económica e que já levou à falência de centenas de empresas.
A Empresa Nacional de Pontes é uma das empresas públicas que conheceu a falência e levou ao desemprego mais de 400 trabalhadores que reivindicam o pagamento de 47 meses de salários em atraso.
Os trabalhadores retomaram uma vigília na entrada da empresa sob o lema "sem salários, a pobreza e a fome está aqui".
Segundo os trabalhadores reconstruíram muitas pontes e em tempos de paz estão sem trabalho.
O governo não tem cumprido com os compromissos assumidos com os trabalhadores em relação à liquidação de salários em atraso e o enquadramento do sistema de segurança social.
A maioria das empresas públicas em Angola estão tecnicamente falidas e empurraram milhares de angolanos para o desemprego como nos dá conta o nosso correspondente em Luanda, Avelino Miguel.
Correspondência de Angola
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro