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Angola

Empresa Nacional de Pontes não paga há 46 meses

Em Angola os trabalhadores da Empresa Nacional de Pontes têm 46 meses de salários em atraso.

Logótipo do Banco de Poupança e Crédito de Angola
Logótipo do Banco de Poupança e Crédito de Angola BPC
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Os trabalhadores têm efectuado vigílias nos últimos dias pedindo a intervenção das autoridades.

A empresa garantiu o pagamento de quatro meses hoje, quinta-feira, e aponta responsabilidades às dificuldades do Banco de Poupança e crédito.

Em causa está a dificuldade de a Empresa Nacional de Pontes enfrentar a reforma de 65 trabalhadores face à dívida de cerca de meio milhão de euros para com o Instituto Nacional de Segurança Social.

A administração reconheceu a situação crítica dos mais de 400 trabalhadores e comprometeu-se em liquidar quatro dos 46 vencimentos em falta.

Francisco Jacinto é secretário-geral da Central geral dos sindicatos livres de Angola, ele denuncia a situação muito difícil com que se deparam os lesados.

"É uma das várias situações caricatas que o país atravessa e são situações inaceitáveis porque chegamos à conclusão que, efectivamente, os membros do nosso governo angolano não dão importância à vida humana. Esta situação, e daquilo que acompanho, é única no mundo. Temos trabalhadores com praticamente 50 meses de salários em atrasos e as consequências são devastadoras", descreveu o secretário-geral da Central geral dos sindicatos livres de Angola.

Estes salários em atraso afectaram milhares de pessoas explicou Francisco Jacinto "as nossas famílias são, geralmente, constituídas por sete, oito ou nove elementos. As suas crianças, filhos e filhas deixaram de estudar. Alguns perderam as mulheres,  outras os maridos e são pessoas que vivem numa situação extremamente difícil. Estamos a falar de uma empresa do Estado".

01:06

Secretário-geral da Central geral dos sindicatos livres de Angola, Francisco Jacinto

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