ONGs denunciam presença militar em Cabinda e nas Lundas
Em Angola, a uma semana das eleições gerais, as ONGs de direitos humanos denunciam a forte presença de efectivos militares e da polícia em Cabinda e nas Lundas, uma presença que pode prejudicar o processo eleitoral ao inibir os eleitores de irem votar.
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No contexto das próximas eleições gerais de 23 de Agosto, os debates políticos estão a multiplicaram-se na sociedade angolana e em tudo país tendo em conta as espectativas sobre o novo rumo político de Angola.
Duas regiões do país são alvo de particular atenção por parte das forças de segurança por serem pontos sensíveis. Trata-se das regiões de Cabinda e das Lundas onde movimentos independentistas estão a reivindicar autonomia e autodeterminação. Uma situação que poderia desestabilizar as eleições nestas duas zonas.
Recorde-se que a região de Cabinda concentra as principais riquezas em petróleo e a região das Lundas possui uma das maiores reservas de diamantes do mundo, entre outros recursos.
Esta semana, as organizações de direitos humanos denunciaram o aumento da repressão contra manifestantes e afirmam que a presencia policial pode prejudicar o processo eleitoral. As forças armadas estariam a intimidar as populações nas duas regiões e também na província do Zaire rica de petróleo, o que poderia por em causa o processo eleitoral e a liberdade de voto.
Segundo os activistas dos direitos humanos as populações dessas duas zonas vivem num estado de extrema pobreza e nunca foram alvo de prioridade nos programas desenvolvidos pelo Presidente José Eduardo dos Santos.
Ouça as explicações de Avelino Miguel, o nosso correspondente em Luanda.
Correspondência de Luanda, Avelino Miguel
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