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ANGOLA

Angola: Sindicato dos Jornalistas vigilante na campanha

Em Angola prossegue a campanha eleitoral visando as eleições de 23 do corrente mês. O Sindicato dos jornalistas veio agora a público lembrar que se os profissionais da classe optam por se implicar na campanha devem suspender as suas funções jornalísticas.

Buletim de voto das eleições angolanas de 2012
Buletim de voto das eleições angolanas de 2012 Foto: AFP/Stephane de Sakutin
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Teixeira Cândido, secretário-geral do Sindicato dos jornalistas de Angola alega que seria dispensável fazer este tipo de recomendações, se os dispositivos previstos legalmente fossem cumpridos e se o sistema funcionasse cabalmente.

"Se a nossa Autoridade de auto-regulação ou a entidade competente para emitir carteira profissional estivesse a funcionar efectivamente" seria supérfluo fazer este tipo de recomendações.

Segundo este dirigente da classe dos meios de comunicação social "num período tão crucial como este, sobretudo período eleitoral, é fundamental que os jornalistas recuperem a deontologia profissional para que a media não fique no centro das atenções."

Ele relembrou que muitos meios de comunicação social se têm visto envolvidos nas campanhas por "muitos jornalistas têm estado a dar rosto para as campanhas políticas sem que necessariamente suspendam a actividade jornalística".

Ora essas actividades são "incompatíveis nos termos do Código de ética e deontologia profissional vigente em Angola, nos termos da Lei de imprensa e também nos termos do próprio Estatuto do Jornalista", realçou Teixeira Cândido.

01:15

Teixeira Cândido sobre recomendações aos jornalistas

Por outro lado, a associação cívica Handeka alega que entre 23 e 27 de Julho as televisão e rádio públicas consagraram 85% do tempo de cobertura da campanha ao partido no poder, MPLA .

Por sua vez o Sindicato dos jornalistas, realizou igualmente um levantamento, também para o mesmo período, o da primeira semana de campanha.

Segundo este órgão as TPA e RNA, Televisão e rádio públicas, teriam um tratamento tido como "mais desiquilbrado" a pender para o partido no poder.

E isto a contrastar com o Jornal de Angola que teria tido uma postura mais equilibrada na perspectiva de Teixeira Cândido, o secretário-geral dá-nos conta do Sindicato dos jornalistas angolanos.

As televisão e rádio públicas teriam, no entender deste dirigente, "menos respeitado a constitução" sem dar o mesmo espaço nos media aos concorrentes ao pleito.

Os serviços noticiosos destes dois órgãos teriam dado mais tempo ao MPLA, por outro lado nos espaços de análise dos mesmos teria sido dada a palavra, sobretudo, a pessoas com simpatia pelo partido no poder, refere Teixeira Cândido.

Segundo o dirigente do Sindicato dos jornalistas estes dois órgãos de comunicação social estatal angolanos teriam, ainda, "espaços ou conteúdos institucionais que não estão devidamente demarcados".

01:03

Teixeira Cândido sobre cobertura da campanha eleitoral

 

 

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