Angola: genocídio de fiéis da seita Kalupeteka ?
ONG angolana FORDU fala de genocídio e denuncia novos massacres contra crentes da seita "A luz do Mundo" de José Julino Kalupeteka condenado a 28 anos de prisão.
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A ONG angolana Fórum Regional para o Desenvolvimento Universitário - FORDU - denuncia dois ataques contra fiéis da seita "A luz do Mundo" de José Julino Kalupteka em Kassongue, na província do Kwanza Sul, centro oeste de Angola.
Salvador Freire, Associação Mãos Livres
A ONG afirma que a 9 e 13 de Agosto a polícia atacou a localidade onde residem cerca de 40 pessoas e não há rasto de sobrevientes, com excepção de 6 senhoras que estavam detidas, e que estas perseguições equivalem a um genocídio visando a extinção de uma igreja que tem 50 mil fiéis em Angola, que estariam em perigo de vida.
O advogado Salvador Freire, presidente da ONG de defesa dos direitos humanos Mãos Livres, "não confirma nem desmente [esta informação] mas pretende investigar, contactar pessoas e a FORDU, para verificar a sua veracidade ou não [e considera que] a ser verdade os responsáveis devem ser julgados".
A Associação Mãos Livres defende José Julino Kalupeteka, condenado a 28 anos de prisão na sequência do ataque das forças de segurança contra o Monte Sumi, na província do Huambo a 16 de Abril de 2015, que oficialmente causou a morte de 9 polícias e de 13 civis, mas que segundo Fernando Kalupeteka (outro filho do líder religioso) presente no local, provocou a morte de mais de 700 crentes.
As Nações Unidas, as ONGs Human Rights Watch e Amnistia Internacional, bem como os partidos da oposição UNITA e Casa CE, pediram um inquérito independente ao alegado massacre do Monte Sumi, o que as autoridades não permitiram.
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