Angola prescinde do apoio financeiro do FMI
O presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, anunciou que o país prescinde do apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional mantendo-se apenas os contactos ao nível técnico. A decisão foi anunciada numa altura em que se registou um aumento do preço do barril do petróleo.
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José Eduardo dos Santos afirmou que Angola vai abrir mão do apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional-FMI- todavia vão continuar os contactos técnicos com a instituição financeira. O anuncio é feito numa altura em que o barril do petróleo está entre os 49 e os 50 dólares.
Em 2015 o cenário era outro e depois do preço do barril ter atingido os 37 dólares, Angola formalizou um pedido de ajuda ao FMI, através do Extended Fund Facility, uma mecanismo que, segundo a própria instituição financeira antevia, antevia mais dinheiro envolvido.
Durante 14 dias, uma equipa do Fundo Monetário Internacional, chefiada por Ricardo Velloso, avaliou a economia angolana para determinar o tipo de acordo a assinar com o executivo de José Eduardo dos Santos.
O FMI aconselhou Angola a apoiar a diversificação da economia e pediu ao país para introduzir medidas como a redução do número de funcionários públicos e a introdução de um Imposto de Valor Acrescentado (IVA) na economia angolana.
Estava prevista uma segunda fase de conversações ainda para este semestre. No entanto o apoio técnico sem o Extended Fund Facility as sugestões do FMI perdem força caso o executivo de Eduardo dos Santos não as queira aplicar.
O economista angolano Carlos Rosado admite que esta decisão foi tomada pelo executivo para evitar medidas de austeridade a uma ano das eleições presidênciais. " A haver um acordo o orçamento de 2017, provavelmente, já teria que ser feito com a mãozinha do Fundo Monetário Internacional e o governo não está interessado".
Carlos Rosado, economista angolano
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