Cabinda quer assinalar Dia dos Direitos Humanos
Cabinda marcha amanhã para assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, mas também em solidariedade com os trabalhadores do saneamento básico, com os desempregados e para exigir esclarecimentos sobre a situação do activista Marcos Mavungo.
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Cabinda convocou para este sábado (12/12) uma marcha com concentração inicial a partir das 14 horas no Largo 1° de Maio, para assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, mundialmente celebrado esta quinta-feira (10/12).
José das Neves Lanzi, activista Cabinda
O activista José das Neves Lanzi, admite que a marcha não foi autorizada, mas mesmo assim "pedimos a protecção das autoridades locais e o povo está mobilizado, há uma marcha conjunta de solidariedadepara com os trabalhadores do saneamento básico de Cabinda, que estão há oito meses sem salários e sem subsídios, e os desempregados" do Campo Petrolífero Malonho.
A marcha vai ainda pedir "esclarecimentos sobre a situação do activista Marcos Mavungo", detido a 14 de Março de 2014 e condenado em Setembro último a seis anos de prisão.
JULGAMENTO DOS 15+2
Entretanto prossegue no Tribunal de Benfica, na província de Luanda o julgamento dos 15+2 relativo aos 17 activistas acusados de rebelião, tentativa de golde de Estado e de atentado contra o Presidente José Eduardo dos Santos.
Este iniciou a 16 de Novembro a sua morosidade tem sido denunciada pela defesa e pelos arguidos, sendo que vários dos 15 detidos iniciaram ontem (10/12) uma greve de fome, que deveria ter a adesão dos outros a partir desta sexta-feira (11/12) caso as audiências dos 15 não tivessem terminado.
Restam ainda ouvir 3 dos 15 arguidos detidos desde 20 de Junho bem como as duas activistas Rosa Gomes e Laurinda Gouveia, que se encontram em Liberdade Condicional.
Walter Tondela, cujo escritório defende 11 dos 15 arguidos detidos afirma "é muito cansativo, o processo está muito lento...não vejo o seu desfecho para breve, acho que vamos até Janeiro, porque vai ser preciso ouvir os declarantes, as testemunhas", quanto à greve de fome iniciada pelos detidos Walter Tondela admite que esta "pode ser prejudicial porque depois vem a acareação e precisamos que eles estejam bem de saúde".
Walter Tondela, advogado de defesa dos activistas
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