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SUDÃO

Sudão: exército destitui presidente

O exército destituíu Omar al Bashir da presidência do Sudão. Um Conselho militar deve governar provisoriamente o país durante um período de dois anos, anunciou o ministro da defesa. O chefe de Estado cessante estava a ser alvo de uma forte contestação popular nos últimos meses devido, nomeadamente, ao encarecimento de produtos de primeira necessidade.

Polícias sudaneses fazem sinal de vitória junto do respectivo quartel general em Cartum a 11 de Abril de 2019.
Polícias sudaneses fazem sinal de vitória junto do respectivo quartel general em Cartum a 11 de Abril de 2019. AFP
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Omar al Bashir tinha assumido o poder no Sudão em 1989 na sequência de um golpe de Estado.

Terá sido, também, o exército a por cobro ao seu regime de três décadas.

Em causa estava um forte movimento de contestação popular.

O ministro da defesa, Awad Ahmed Benawf, anunciou na televisão estatal "a queda do regime e a colocação em local seguro do seu chefe".

As fronteiras e o espaço aéreo foram fechados até nova ordem.

Dezenas de milhar de pessoas afluíram ao centro de Cartum na manhã de quinta-feira para contestar o regime, acabando por festejar a sua queda anunciada.

Os líderes do movimento apelaram a que cessassem todos os ataques contra infra-estruturas estatais ou privadas, frisando o carácter pacífico dos protestos.

Ao todo 49 pessoas morreram durante os protestos encetados em Dezembro, processo que desde sábado passado conheceu uma rápida aceleração.

O anúncio na altura do aumento do preço do pão (cujas tarifas triplicaram) foi a faísca que acendeu o rastilho da contestação a Bashir.

Com 75 anos ele estava sob mandado de captura internacional do Tribunal penal internacional devido a acusações de abusos cometidos, nomeadamente, no Darfur, oeste do país.

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