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Gâmbia

União Africana instou Jammeh a deixar Presidência

Esta sexta-feira, decorre mais uma tentativa dos dirigentes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental para convencer o presidente cessante da Gâmbia, Yahya Jammeh, a aceitar a derrota nas urnas. Entretanto, a União Africana instou Jammeh a deixar o poder de forma pacífica.

Presidente cessante da Gâmbia,Yahya Jammeh.
Presidente cessante da Gâmbia,Yahya Jammeh. REUTERS/Jacky Naegelen
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É mais uma tentativa dos dirigentes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para convencer o presidente cessante da Gâmbia, Yahya Jammeh, a deixar o poder. A delegação encabeçada pelos presidentes da Nigéria, Muhammadu Buhari, da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf – presidente em exercício da CEDEAO - e pelo antigo presidente do Gana, John Dramani Mahama, tem como missão convencer Yahya Jammeh a aceitar a derrota de 1 de Dezembro nas urnas.

Hoje, a União Africana instou o presidente cessante da Gâmbia, Yahya Jammeh, a deixar o poder de forma pacífica. Se ele recusar, a organização panafricana admite consequências sérias. Esta intenção consta de um comunicado do Conselho de Paz e Segurança, segundo o qual a partir de 19 de Janeiro a União Africana deixará de reconhecer Yahya Jammeh como presidente legítimo.

Yahya Jammeh, no poder há 22 anos, contesta os resultados das eleições presidenciais e recusa ceder o poder a 19 de Janeiro a Adama Barrow, o vencedor declarado do escrutínio.

Esta quinta-feira, o advogado do chefe de Estado cessante apresentou um pedido no Tribunal Supremo para impedir a tomada de posse de Adama Barrow. O objectivo é fazer com que a justiça proíba o presidente do tribunal de “dar posse a Adama Barrow como presidente da República a 19 de Janeiro ou outra data”, enquanto não for analisada a queixa do presidente cessante relativa aos resultados eleitorais.

No entanto, o Tribunal Supremo manifestou-se na impossibilidade de analisar a queixa devido à falta de juízes e mostrou-se a favor de uma solução negociada com o presidente eleito Adama Barrow. Os juízes necessários para julgar o caso, maioritariamente vindos de fora do país, só deverão chegar em Maio ou Novembro.

Esta sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas também vai debater a crise política na Gâmbia.

Entretanto, os deputados da Nigéria aprovaram, esta quinta-feira, uma resolução para oferecer asilo político a Yahya Jammeh se este aceitar os resultados das presidenciais e se retirar do poder.

No poder desde o golpe de Estado de 1994, Yahya Jammeh reconheceu, primeiro, a derrota de 1 de Dezembro, mas dias depois voltou atrás e apresentou um pedido de anulação do escrutínio junto do Supremo Tribunal, alegando irregularidades na contagem dos votos.

Em entrevista a João Matos, o politólogo senegalês, Ahmed Kébé, considerou que o braço-de-ferro pode continuar hoje com a CEDEAO.

01:04

Ahmed Kébé, Politólogo senegalês

 

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