Última Cimeira África-França para François Hollande
Mais de 35 chefes de Estado e de governo são hoje e amanhã esperados em Bamako, no Mali, para a 27ª Cimeira África-França. Esta é a última cimeira do presidente francês, François Hollande, cujo mandato foi marcado pelas intervenções militares no Mali e na República Centro-Africana.
Publicado a: Modificado a:
Mais de 35 chefes de Estado e de governo são hoje e amanhã esperados em Bamako, no Mali, para a 27ª Cimeira África-França. Esta é a última cimeira do presidente francês, François Hollande, cujo mandato termina em Maio e que foi marcado pela intervenção militar no Mali desde Janeiro de 2013.
"No Mali, interviemos em Janeiro de 2013 e podemos evitar que este país caísse nas mãos dos jihadistas. Hoje, temos ainda muito que fazer para a aplicação dos acordos de Argel e para garantir a segurança de toda a zona do Sahel”, declarou, esta quinta-feira, François Hollande na cerimónia anual de votos ao corpo diplomático presente em França.
O mandato de Hollande foi, também, marcado pelo aumento da ajuda ao desenvolvimento e pelo lançamento da operação Sangaris na República Centro-Africana.
Na agenda da cimeira, estão também o desenvolvimento, a emigração e a luta contra as mudanças climáticas. François Hollande deverá anunciar, de acordo com a AFP, um envelope anual suplementar de mil milhões de euros para projectos de ajuda ao desenvolvimento no continente, ou seja, um aumento de 25% em três anos. Deverá, também, ser criado um fundo de investimento para as Pequenas e Médias Empresas de 76 milhões de euros.
Por outro lado, a agenda dos trabalhos deverá ser marcada pela crise política na Gâmbia, onde o presidente cessante, Yahya Jammeh, recusa deixar o poder e reconhecer a derrota face a Adama Barrow, nas eleições presidenciais de 1 de Dezembro. Yahya Jammeh não vai participar na cimeira.
O primeiro-ministro de São Tomé, Patrice Trovoada, e o ministro cabo-verdiano dos Assuntos Parlamentares, do Desporto e da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, estão presentes na cimeira.
Em declarações ao nosso correspondente em São Tomé, Maximino Carlos, Patrice Trovoada considerou que a estabilidade e o desenvolvimento são indissociáveis e que a cimeira França -África surge num momento importante para o continente. Trovoada realçou, ainda, o papel de França em África, sobretudo no Mali, para travar as acções dos grupos jihadistas.
Maximino Carlos, Correspondente da RFI em São Tomé
Para o politólogo Ahmed Kébé, em entrevista a João Matos, os africanos não esperam grande coisa do Presidente François Hollande nesta cimeira do Mali porque ele está em fim de mandato e não cumpriu as promessas de desenvolvimento que fez à Africa quando foi eleito.
Ahmed Kébé, Politólogo
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro