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Níger

Níger anuncia ter recebido instrutores e material militar da Rússia

Instrutores russos chegaram na quarta-feira a Niamey juntamente com um primeiro carregamento de material militar russo de última geração no âmbito do reforço da cooperação entre a junta militar e Moscovo em matéria de defesa, anunciou ontem à noite a televisão pública nigerina. Nesta sexta-feira, a 'Africa Corps', entidade considerada como sendo a sucessora do grupo paramilitar russo Wagner em África ,confirmou a sua chegada ao país.

Vista aérea de Niamey, a 28 de Julho de 2023.
Vista aérea de Niamey, a 28 de Julho de 2023. REUTERS - STRINGER
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Ao transmitir imagens da aterragem em Niamey do avião russo de grande porte com material militar, a televisão pública nigerina indicou que a Federação Russa vai "instalar um sistema de defesa antiaéreo" capaz de "assegurar o controlo total do espaço aéreo" do país.

Relativamente aos instrutores militares russos, cujo número não foi especificado, a televisão nigerina referiu que eles "vão assegurar uma formação de qualidade" aos militares nigerinos "para uma utilização eficiente do referido sistema".

No passado dia 26 de Março, o chefe do regime militar no Níger, o general Abdurahamane Tiani, já tinha mantido uma conversa telefónica com o presidente russo Vladimir Putin durante a qual, segundo Niamey, se tinha abordado o "fortalecimento" da cooperação bilateral em matéria de segurança "para fazer frente às ameaças actuais". Isto depois de já em Janeiro, a Rússia ter anunciado a sua intenção de "intensificar" a sua cooperação militar com o Níger.

Em meados do mês passado, a Junta Militar pôs termo com "efeito imediato" ao acordo de cooperação militar que ligava o Níger aos Estados Unidos desde 2012, alegando que era "ilegal" e que "tinha sido imposto unilateralmente" por Washington.

Esta decisão surgiu depois de Niamey ter também virado costas à França cujos militares tiveram que abandonar o país no ano passado, à semelhança do que sucedeu no Burkina Faso e no Mali igualmente dirigidos por regimes resultantes de sucessivos golpes de estado militares desde 2020.

Confrontado, tal como os seus vizinhos imediatos, à violência jihadista, o Níger foi palco de um ataque à bomba "no começo da semana" em que morreram seis militares nigerinos, as autoridades do país especificando ainda que durante esse ataque ocorrido junto da fronteira com o Mali, também foi "neutralizada" pelo menos uma dezena de terroristas.

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