Viagem do Rei Carlos ao Quénia: revolta dos "Mau Mau" paira sobre a visita
Nairobi – O rei Carlos III e a sua esposa Camilla estão em visita de quatro dias ao Quénia, onde se espera vir a reconhecer “aspectos dolorosos” do passado colonial.
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Na quarta-feira, segundo dia da sua visita ao Quénia, Carlos III visitou em Nairobi um cemitério militar onde depositou uma coroa de flores sobre a sepultura de antigos combatentes quenianos, tendo-se depois encontrado com veteranos das duas guerras mundiais e, condenado os abusos coloniais perpetrados pelos britânicos.
Na década de 50, durante a brutal repressão à revolta dos “Mau Mau”, foram mortas mais de dez mil pessoas e, outras torturadas, naquela que foi das mais sangrentas insurreições ocorridas no Império Britânico.
Em 2013 o Reino Unido já havia manifestado o seu profundo pesar pelo sucedido, tendo aceite indemnizar mais de 5 000 pessoas, muito embora alguns tenham achado que o gesto não tenha ido suficientemente longe.
O programa de visita do soberano britânico inclui igualmente encontros com empresários, com jovens, bem como uma visita a um museu dedicado à história do Quénia.
Seguir-se-á uma viagem à cidade portuária de Mombasa, onde Carlos III, muito empenhado em questões ambientais, visitará uma reserva natural e se vai encontrar com representantes religiosos.
Na terça-feira Carlos III depositou uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido, num jardim onde havia sido içada em 1963 a bandeira do Quénia, em substituição da “Union Jack” britânica, além de ter participado num jantar de Estado com o presidente William Ruto.
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