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Sudão / Egipto

Chefe do exército sudanês no Egipto, na sua 1ª viagem desde o início da guerra

O chefe do exército sudanês, o general Abdel Fattah al-Burhane, está a efectuar desde hoje uma visita ao Egipto, a primeira deslocação fora do país do homem forte do país em quatro meses de guerra contra os paramilitares. Esta visita acontece no dia em que mais 39 pessoas foram mortas no Darfur, no oeste do país.

[Imagem de arquivo] O general sudanês Abdel Fattah al-Burhan durante uma entrevista, no dia 22 de Setembro de 2022, em Nova Iorque.
[Imagem de arquivo] O general sudanês Abdel Fattah al-Burhan durante uma entrevista, no dia 22 de Setembro de 2022, em Nova Iorque. AP - Aron Ranen
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À sua chegada hoje ao Cairo acompanhado pelo chefe dos serviços secretos e pelo chefe interino da diplomacia do seu país, o general que dirige o Sudão desde o golpe de 2021, foi acolhido pelo seu grande aliado, o Presidente Abdel Fattah al-Sissi com quem abordou, nomeadamente, os últimos desenvolvimentos no Sudão.

No final de primeiras trocas, o Presidente egípcio "confirmou a posição firme do seu país ao lado do Sudão e o seu apoio à sua segurança, estabilidade e integridade territorial", segundo a imprensa estatal.

Por sua vez, o homem forte do Sudão apontou o dedo ao seu grande rival, o general Mohamed Hamdane Daglo, o chefe das milícias das ‘Forças de Apoio Rápido’ (FSR) com quem está em conflito desde Abril, com um balanço estimado em pelo menos 5 mil mortos.

As FSR "são culpadas de crimes de guerra", acusou o general Burhane, afirmando que "o exército procura pôr fim à guerra e retomar a transição democrática", numa entrevista a um canal de televisão egípcio.

Esta visita acontece numa altura em que se multiplicam os rumores de eventuais negociações no estrangeiro entre os dois beligerantes. Em quatro meses de conflito, várias iniciativas de mediação, nomeadamente por parte dos Estados Unidos e da Arábia Saudita fracassaram.

Entretanto, no terreno, nesta terça-feira, pelo menos 39 pessoas foram mortas em Nyala, no Darfur, no oeste do país, segundo testemunhas locais.

De acordo com a ONU, desde o dia 11 de Agosto, a violência dos combates levou mais de 50 mil pessoas a fugir daquela que é considerada a segunda cidade mais povoada do Sudão.

Feudo das FSR, o Darfur é uma das zonas do país onde os combates são os mais mortíferos. A ONU refere que centenas de milhares de pessoas fugiram do Darfur rumo para o vizinho Chade, sendo que as Nações Unidas contabilizaram mais de 4,6 milhões de deslocados e refugiados em todo o país, desde o começo da guerra em Abril.

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