Cidadãos franceses evacuados do Níger
O Ministério francês dos Negócios Estrangeiros anunciou esta terça-feira, 1 de Agosto, a evacuação dos franceses que residem actualmente no Níger. No total são cerca de 1500 pessoas, entre elas 850 franceses, que vão deixar o país se assim o entenderem.
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A França “começa hoje” a evacuar os cidadãos franceses e europeus que mostrem vontade de abandonar o Níger, indicou em comunicado o Ministério francês dos Negócios Estrangeiros.
Paris justifica a decisão com as acções de violência que ocorreram recentemente na embaixada francesa e com o encerramento do espaço aéreo no país, deixando os franceses sem possibilidade de sair do país pelos seus próprios meios.
"Tendo em conta a situação que se vive em Niamey. A violência de que foi alvo a nossa embaixada e o encerramento do espaço aéreo, deixando os franceses sem possibilidade de sair do país pelos seus próprios meios, a França está a preparar a evacuação de cidadãos nacionais e europeus que desejam deixar o país", pode ler-se no comunicado.
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— Catherine Colonna (@MinColonna) August 1, 2023
As autoridades francesas enviaram uma mensagem aos cidadãos residentes no Níger onde indicam que "a operação de evacuação (...) foi coordenada com as forças nigerinas", especificando ainda "a data, hora e local exacto. É ainda indicado que os cidadãos devem chegar pelos seus próprios meios”.
No total são cerca de 1500 pessoas, entre elas 850 franceses, que vão deixar o país se assim o entenderem.
Em entrevista ao canal de televisão France 24, a ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, afirmou que a segurança dos cidadãos franceses no Níger é a prioridade.
Cinco dias depois do golpe de Estado no Níger, quatro ministros, um ex-ministro e o líder do partido de Mohamed Bazoum, o Presidente eleito deposto, foram detidos, segundo um comunicado do partido presidencial enviado à AFP.
O Golpe de Estado no Níger já foi condenado pela comunidade internacional. Este fim-de-semana, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, reunida em cimeira extraordinária, presidida pelo Chefe de Estado da Nigéria Bola Tinubu, pediu "a libertação imediata" do Presidente Mohamed Bazoum e o "regresso completo à ordem constitucional na República do Níger”.
A organização regional admitiu ainda que se os pedidos não "forem satisfeitos no prazo de uma semana", a CEDEAO "tomará todas as medidas necessárias" e "estas medidas podem incluir o uso da força", de acordo com as resoluções.
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