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Sudão

Sudão: combates continuam apesar de novo cessar fogo

No Sudão, os combates continuam apesar de um cessar-fogo ainda recentemente prolongado, por mais uma semana. Esta quinta-feira 4 de Maio, os arredores do palácio presidencial foram palco de confrontos entre o exército regular e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF). 

Mais de 100.000 pessoas já fugiram do país onde continuam os confrontos entre as Forças de Apoio Rápido paramilitares e o exército. Aqui, em Cartum, a 28 de abril de 2023.
Mais de 100.000 pessoas já fugiram do país onde continuam os confrontos entre as Forças de Apoio Rápido paramilitares e o exército. Aqui, em Cartum, a 28 de abril de 2023. REUTERS - STRINGER
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Chegaram relatos de combates intensos hoje de manhã desde Cartum a capital do Sudão. Os sucessivos acordos de paz nunca foram respeitados, o exército e os grupos paramilitares lutam pelo controlo de territórios dentro da capital antes de eventuais negociações.   

A ONU alertou para o risco dos combates causarem uma catástrofe humanitária que poderia estender-se a outros países e o secretário geral da ONU Antonio Guterres mostrou-se preocupado com o desrespeito do acordo de cessar fogo.

"Estamos a assistir a uma situação fora de controlo e a ajuda humanitária precisa de acesso. Espero que isso irá acontecer, mas ainda não estou confiante. Tem que ser restabelecido o diálogo político e a transição para um governo civil tem que ser garantida. Infelizmente, ainda não estamos lá", lamentou António Guterres, desde Nairobi, no Quénia.  

As Nações Unidas pressionaram ambas as partes para garantir a ajuda humanitária, depois de seis camiões terem sido assaltados na véspera a 3 de Maio, quando se dirigiam ao Darfur, região Oeste onde decorrem os combates mais violentos. Ao todo, 17 mil toneladas de mercadorias foram roubadas.

Entretanto, a população civil continua alienada no meio dos confrontos apesar de um cessar fogo, prolongado por mais uma semana, mas que não impediu que os combates continuassem. 

Mais de 500 pessoas morreram em duas semanas, desde o início dos confrontos a 15 de Abril. O Sudão é um dos países mais pobres do mundo e uma em cada três pessoas já dependia da ajuda humanitária antes do conflito. 

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