Pelo menos 18 civis mortos em 2 ataques no norte e noroeste do Burkina Faso
Pelo menos 18 civis foram morreram nesta quinta-feira em dois ataques de presumivelmente cometidos por jihadistas no norte e no noroeste do Burkina Faso, informaram esta sexta-feira fontes de segurança.
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"O primeiro ataque teve como alvo um posto avançado dos voluntários para a defesa da pátria (VDP) em Rakoegtenga", localidade da província de Bam, no norte do país, indicou um responsável do VDP referindo ainda que o “balanço do sucedido foi de seis voluntários mortos. Uma mulher também morreu durante este ataque, elevando o total para sete mortos".
"Também registamos uma dezena de feridos. Alguns deles em estado grave foram evacuados para Ouagadougou para os devidos cuidados", indicou ainda o VDP.
A mesma fonte referiu que o segundo ataque ocorreu na província de Nayala, no noroeste do país, “durante a tarde, quando uma coluna escoltada por voluntários e soldados caiu numa emboscada no eixo Siena-Saran”. VDP refere que este ataque provocou a morte de uma dezena de supletivos do exército e de um civil.
O Burkina Faso e particularmente o norte do seu território tem sido palco de numerosos ataques jihadistas desde 2015 que provocaram milhares de mortos e dois milhões de deslocados.
Apesar de estarem presentes na região há mais de dez anos, as forças francesas que juntamente com militares de outros países tentam lutar contra o terrorismo, a violência não conseguiu ser estancada no Burkina Faso. Actualmente 40% do território deste país está à mercê dos ataques terroristas.
Esta situação levou a crescentes questionamentos sobre a pertinência dessas forças estrangeiras permanecerem no Sahel. O executivo que se instalou no poder depois do golpe de Estado militar de 30 de Setembro de 2022, não esconde a vontade de reforçar os elos com Moscovo, como sucedeu por exemplo com o Mali.
Em paralelo com esta situação, têm aumentado as manifestações de contestação à presença francesa no terreno. Ainda nesta sexta-feira, várias centenas de pessoas manifestaram na capital do Burkina Faso contra a permanência dos militares franceses e também para reclamar a saída de Luc Hallade, embaixador francês no país.
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