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Burkina Faso

Pelo menos 18 civis mortos em 2 ataques no norte e noroeste do Burkina Faso

Pelo menos 18 civis foram morreram nesta quinta-feira em dois ataques de presumivelmente cometidos por jihadistas no norte e no noroeste do Burkina Faso, informaram esta sexta-feira fontes de segurança.

Patrulha de soldados do Burkina Faso no norte do país em Novembro de 2021.
Patrulha de soldados do Burkina Faso no norte do país em Novembro de 2021. © OLYMPIA DE MAISMONT / AFP
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"O primeiro ataque teve como alvo um posto avançado dos voluntários para a defesa da pátria (VDP) em Rakoegtenga", localidade da província de Bam, no norte do país, indicou um responsável do VDP referindo ainda que o “balanço do sucedido foi de seis voluntários mortos. Uma mulher também morreu durante este ataque, elevando o total para sete mortos".

"Também registamos uma dezena de feridos. Alguns deles em estado grave foram evacuados para Ouagadougou para os devidos cuidados", indicou ainda o VDP.

A mesma fonte referiu que o segundo ataque ocorreu na província de Nayala, no noroeste do país, “durante a tarde, quando uma coluna escoltada por voluntários e soldados caiu numa emboscada no eixo Siena-Saran”. VDP refere que este ataque provocou a morte de uma dezena de supletivos do exército e de um civil.

O Burkina Faso e particularmente o norte do seu território tem sido palco de numerosos ataques jihadistas desde 2015 que provocaram milhares de mortos e dois milhões de deslocados.

Apesar de estarem presentes na região há mais de dez anos, as forças francesas que juntamente com militares de outros países tentam lutar contra o terrorismo, a violência não conseguiu ser estancada no Burkina Faso. Actualmente 40% do território deste país está à mercê dos ataques terroristas.

Esta situação levou a crescentes questionamentos sobre a pertinência dessas forças estrangeiras permanecerem no Sahel. O executivo que se instalou no poder depois do golpe de Estado militar de 30 de Setembro de 2022, não esconde a vontade de reforçar os elos com Moscovo, como sucedeu por exemplo com o Mali.

Em paralelo com esta situação, têm aumentado as manifestações de contestação à presença francesa no terreno. Ainda nesta sexta-feira, várias centenas de pessoas manifestaram na capital do Burkina Faso contra a permanência dos militares franceses e também para reclamar a saída de Luc Hallade, embaixador francês no país.

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