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Violência

Tensões étnicas no Sudão causam 150 mortos

As tensões étnicas entre as etnias Hausa e Hamaj no Sul do Sudão causaram 150 mortos, aumentando o número de vítimas devido à violência contra o grupo Hausa, que tem feito milhares de deslocados no país.

Em julho, vários milhares de pessoas da etnia Hausa saíram às ruas para pedir paz e o fim da violência.
Em julho, vários milhares de pessoas da etnia Hausa saíram às ruas para pedir paz e o fim da violência. AFP - -
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Uma disputa territorial entre as etnias Hausa e Hamaj no sul do Sudão causou 150 mortos nos últimos dias. Esta é apenas mais uma agressão à etnia Hausa este ano, com surtos de violência em Julho e Setembro a terem tido consequências semelhantes e a originarem 65 mil deslocados. Os conflitos têm acontecido na província do Nilo Azul, no sul do Sudão.

Os Hausa são um dos maiores grupo étnicos de África, com uma população de 50 milhões de pessoas. Originalmente da Nigéria e do Niger, são muçulmanos e têm também uma grande presença em países como o Chade e o Sudão, onde se estabeleceram após várias peregrinações a Meca. 

No Sudão são perto de 3 milhões. Desta feita foram atacados pelos Hamaj, mas há três meses foram expulsos por tribos Berti, depois de ter sido atribuído, aos Hausa, um emirado dentro da província do Nilo Azul. Esta atribuição foi feita pelo governador da região. Os Hamaj, os Berti e outras etnias defendem ser os povos nativos desta região do Sudão.

Há cada vez mais conflitos tribais no Sudão desde a revolução, entretanto suspensa, que destronou Omar Al-Bashir em 2019. Apesar de vários acordos de paz entre etnias nas províncias do Darfur e do Nilo Azul em 2020, tem havido uma crescente militarização tribal. 

A violência tribal na província do Nilo Azul é mais uma má notícia para Cartum, onde disputas do poder central entre os militares, a sociedade civil e os paramilitares da RSF, avultam a longa lista de problemas a resolver.

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