Guiné Conacri: justiça investiga presidente destituído Alpha Condé
Na Guiné Conacri o chefe de Estado destituído, Alpha Condé, e outros 26 antigos colaboradores foram agora acusados pela justiça da prática de uma série de crimes durante a sua presidência, incluindo assassínios, tortura e raptos.
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Por detrás das acusações do Ministério público está a onda de violência que, em 2019, rodeou o projecto de um terceiro mandato para Alpha Condé.
A repressão, frequentemente brutal, dos protestos contra o referendo que permitiria ao chefe de Estado manter-se no poder tinha-se arrastado durante meses e provocado dezenas de mortos.
Por detrás da queixa que agora a justiça está a instruir encontra-se a Frente nacional de defesa da constituição que, na altura, encabeçava as manifestações hostis à reforma da lei fundamental.
O procurador lançou uma investigação tendo como base as provas apresentadas por este organismo e ainda pelos relatórios de organizações internacionais como a Amnistia ou a Human Rights Watch.
13 antigos membros do gabinete de Condé são também visados, bem como altos responsáveis administrativos e de segurança.
Foram relatados casos de homicídios, desaparecimentos forçados, tortura, agressão sexual, saque, rapto e sequestro.
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