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Etiópia

Etiópia: Dezenas de civis mortos em ataques aéreos no Tigray

Dezenas de civis foram mortos em ataques aéreos na região em conflito do Tigray, no norte da Etiópia, na semana passada, revelou a agência da ONU para assuntos humanitários.

Dezenas de civis foram mortos em ataques aéreos na região em conflito do Tigray, no norte da Etiópia, revelou a agência da ONU para assuntos humanitários.
Dezenas de civis foram mortos em ataques aéreos na região em conflito do Tigray, no norte da Etiópia, revelou a agência da ONU para assuntos humanitários. © REUTERS/Giulia Paravicini
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Os ataques aéreos realizados entre 19 e 24 de Dezembro "causaram vítimas civis massivas, com dezenas de pessoas mortas, tornando-se na ofensiva aérea mais intensa e com mais vítimas desde Outubro”, denunciou o Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (UNOCHA).

Os ataques atingiram as cidades de Alamata, Korem, Maychew, Mekoni e Milazat no sul do Tigray, bem como a capital regional Mekele, referiu a  UNOCHA, sem dar mais detalhes.

“Devido ao acesso limitado e à insegurança na região, os parceiros humanitários ainda não puderam verificar o número exacto de vítimas”, acrescentou a agência. De acordo com UNOCHA, a situação continua "tensa e imprevisível" no norte da Etiópia, onde as agências de ajuda humanitária lutam para entregar alimentos e outros bens essenciais à população.

Nenhum camião de ajuda humanitária conseguiu entrar no Tigray desde 14 de Dezembro, de acordo com a agência, que evoca questões de segurança. “Um total de 1.338 camiões entraram na região desde 12 de Julho, o que é menos de 12% da ajuda necessária para atender à escala das necessidades humanitárias".

Retirada dos rebeldes

A guerra eclodiu em Novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed enviou tropas para a região do Tigray para derrubar a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), acusando os combatentes de atacar os acampamentos do exército e desafiar sua autoridade.

Abiy Ahmed prometeu uma vitória rápida, mas a TPLF retaliou, recuperando a maior parte do Tigray em Junho antes de avançar para as regiões vizinhas de Afar e Amhara. Há algumas semanas, os rebeldes alegaram estar a apenas 200 km da capital Adis Abeba, levantando preocupação entre governos estrangeiros que pediram aos cidadãos para abandonarem a Etiópia.

Mas na semana passada, os rebeldes anunciaram a retirada para o Tigray, um novo ponto de inflexão na guerra. O governo etíope garantiu que os soldados não avançariam mais nesta região, esperando uma trégua que permita a abertura de negociações e a obtenção de um cessar-fogo, que a comunidade internacional vem exigindo há vários meses.

Segundo a ONU, o conflito já fez milhares de mortos e provocou uma grave crise humanitária, levando mais de dois milhões de pessoas a fugir de suas casas.

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