Acesso ao principal conteúdo
Líbia

Marechal Haftar, dono do poder no leste da Líbia, candidato às presidenciais

O marechal Khalifa Haftar cujas forças controlam o leste e o sul da Líbia, apresentou hoje oficialmente a sua candidatura às presidenciais de 24 de Dezembro, dois dias depois do filho do antigo presidente Muamar Kadhafi, Saïf al Islam Kadhafi que é procurado pelo Tribunal Penal Internacional por "crimes contra Humanidade", ter igualmente entrado na corrida à liderança do país.

O marechal Haftar durante a mensagem em que oficializou a sua candidatura às presidenciais de 24 de Dezembro, neste dia 16 de Novembro de 2021.
O marechal Haftar durante a mensagem em que oficializou a sua candidatura às presidenciais de 24 de Dezembro, neste dia 16 de Novembro de 2021. - LIBYA ALHADATH TV/AFP
Publicidade

"Declaro a minha candidatura às presidenciais, não porque esteja acorrer atrás do poder, mas para levar o nosso povo, neste período crucial, rumo à glória, o progresso e a prosperidade" declarou hoje o marechal ao oficializar a sua entrada na corrida às presidenciais numa mensagem transmitida em directo de Benghazi, o seu feudo.

"As eleições são a única forma de sair da grave crise em que o país está mergulhado", declarou ainda o militar que no passado dia 22 de Setembro se retirou provisoriamente das suas funções de chefe do autoproclamado exército nacional Líbio como manda a lei eleitoral para poder se apresentar às presidenciais de 24 de Dezembro, os seus detractores acusando-o de pretender instaurar uma ditadura militar.

Desde a queda de Muamar Kadhafi em 2011, a Líbia tem estado à mercê do caos, sendo que o Marechal Haftar, 77 anos, é considerado um dos actores proeminentes desta crise e é suspeito inclusivamente de ser um dos principais autores dos crimes de guerra que terão sido cometidos desde 2014 naquele país.

Com o apoio assumido do Egipto e dos Emirados Árabes Unidos, o militar tem lutado contra o governo reconhecido pela comunidade internacional e apoiado pela Turquia.

A sua tentativa fracassada no ano passado de tomar o controlo de Tripoli desembocou na instalação de um governo de transição cujo roteiro é a preparação das eleições de 24 de Dezembro, eleições cuja viabilização foi abordada em cimeira no passado fim-de-semana aqui em Paris.

Apesar da comunidade internacional encarar possíveis sanções contra quem tente perturbar o processo, não houve garantias quanto à saída do país dos numerosos exércitos e mercenários estrangeiros que têm participado no conflito dos dois lados das barricadas.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.