Conferência em Paris sobre a Líbia sem alguns dos principais actores da crise
A comunidade internacional está reunida hoje em Paris no intuito de tentar ajudar a Líbia a saír do ciclo de instabilidade no qual está mergulhado desde a queda de Khadafi há dez anos, e tentar viabilizar a realização de eleições fixadas em princípio para o dia 24 de Dezembro.
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Á volta da mesa juntamente com o Presidente Macron, estao cerca de 30 dirigentes, nomeadamente a chanceler alemã, Angela Merkel, o chefe do governo italiano, Mario Draghi, os líbios Mohamed Al-Manfi, Presidente do Conselho Presidencial, e Abdelhamid Dbeibah, Primeiro Ministro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, devendo participar por videoconferência.
Também participam os países vizinhos da Líbia, nomeadamente o Chade e o Niger. Já os presidentes da Turquia, da Argélia ou da Rússia, não se deslocaram para esta reunião fazendo-se representar por responsáveis diplomáticos, o que segundo especialistas não augura avanços substanciais nas discussões.
Neste encontro durante o qual o Eliseu pretende "fazer com que a comunidade internacional dê continuidade ao seu apoio à transição política em curso" e "tornar o processo eleitoral incontestável e irreversível", a presidência francesa já deu a entender que poderia aplicar sanções a quem tente inviabilizar as presidenciais de 24 de Dezembro e as legislativas que devem decorrer um mês depois.
O contexto é actualmente delicado neste país dividido entre as autoridades reconhecidas pela ONU e os rebeldes chefiados pelo Marechal Haftar que controla o leste do país com o apoio assumido do Egipto e dos Emirados Arabes Unidos, sendo que de acordo com o Eliseu, para além dos beligerantes líbios estão igualmente no terreno tropas ou mercenários vindos da Rússia, do Chade, do Sudão e da Turquia.
A França pretende precisamente que seja adoptado um plano obrigando os contingentes estrangeiros a abandonar o país, um objectivo que a própria presidência francesa admite não ser fácil de alcançar.
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