Sahel: reconfiguração da presença militar francesa "começa nas próximas semanas"
Os chefes de Estado do G5 Sahel (Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Níger e Chade), estiveram reunidos em videoconferência com o presidente francês, para evocar a nova estratégia a ser adoptada no combate ao terrorismo na região, um mês depois de a França ter anunciado que vai por fim à operação Barkhane.
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Um mês depois de ter anunciado o fim da operação Barkhane vigente desde 2013 no Sahel, hoje no final do encontro virtual com os seus homólogos do G5, o Presidente francês indicou que esta operação vai ser substituída por uma "coligação internacional",cujos contornos permanecem por definir.
Em conferência de imprensa, o chefe de Estado francês indicou ainda que a reconfiguração da presença militar da França naquela região vai começar "nas próximas semanas".
Os efectivos da operação Barkhane, elevam-se actualmente a 5.100 homens. De acordo com o Presidente francês, estes efectivos não vão imediatamente diminuir, mas "a prazo" o objectivo é de reduzir a presença militar francesa a uma fasquia compreendida entre 2.500 e 3.000 soldados.
Macron indicou que para já, deveriam ser encerradas as bases militares situadas em Kidal e em Tombuctu, no norte do Mali. Este processo deveria decorrer durante o segundo semestre deste ano até ao início de 2022, sem que o número de militares seja reduzido, isto no intuito de garantir a segurança das operações em curso, sublinhou o chefe de Estado francês.
Durante este processo de transição, o comando operacional das forças francesas será progressivamente transferido do quartel geral da operação Barkhane em Gao no Mali, para a capital do Níger a partir de onde será igualmente coordenada a acção da "task force" Takuba, composta por forças especiais europeias, no seio das quais "a França vai continuar a dar um contributo significativo", garantiu Emmanuel Macron.
Até hoje, em mais de 8 anos de presença no Sahel no âmbito da operação Barkhane, o exército francês perdeu mais de 50 elementos.
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