Novas manifestações em Bamako contra o executivo de Ibrahim Boubacar Keita
Na sexta-feira tiveram lugar em Bamako, as manifestações mais violentas dos últimos anos, durante as quais morreram pelo menos duas pessoas e ataques cometidos contra o parlamento e a televisão público. Estes acontecimentos com consequências imprevisíveis agravam a situação no Mali e preocupam os seus vizinhos, se atendermos que o país africano do Sahel, já está confrontado com o jihadismo.
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Confrontado com o jihadismo e uma situação política interna delicada, o Mali e a sua capital Bamako, foi na sexta-feira, mais uma vez o terreno de violenta manifestações organizadas pelo "MA5", movimento liderado pelo imã Mahmoud Dicko, que visa a desobediência civil e a demissão do Presidente Ibrahim Boubacar Keita.
O "M5" que acusa nomeadamente o chefe de Estado maliano de ser incapaz de manter a coesão nacional, voltou na sexta-feira às ruas de Bamako para exigir a demissão de Ibrahim Boubacar Keita. Tido como símbolos do poder, o Parlamento e a televisão pública nacional foram alvos de ataques por parte dos manifestantes.
A febrilidade das violentas manifestações de sexta-feira, no decurso das quais morreram pelo menos duas pessoas e várias dezenas ficaram feridas, persistia neste sábado, bem como circulavam rumores nem Bamako, da organização de novas marchas contra o executivo do Presidente Ibrahim Boubacar Keita.
Segundo Kaou Abdramane Diallo, dirigente do "M5" as forças da ordem intervieram durante uma reunião de opositores que deliberavam sobre como prosseguir o movimento de "desobediência civil" e libertar Issa Kaou Djim e Clément Dembélé, líderes das manifestações de sexta-feira, detidos pela polícia.
Alvo da contestação, o Presidente Ibrahim Boubacar Keita, reagiu durante a noite, com uma mensagem de determinação e diálogo, sublinhando que está pronto escutar a oposição, mas que de forma alguma deixará de garantir a ordem e a segurança.
Fundado pelo imã Mahmoud Dicko, o "M5" é um movimento heterogéneo formado por chefes religiosos, personalidades políticas e da sociedade civil do Mali, que desde há várias semanas exigem a demissão do chefe de Estado maliano.
Novas manifestações contra o executivo de Ibrahim Boubacar Keita em Bamako 11 07 2020
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