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Futebol

CAN 2024: Zini Salvador, Eddie Afonso, Show e Fredy, as vozes dos Palancas Negras

O vencedor do Campeonato Africano das Nações de futebol será conhecido este domingo, 11 de Fevereiro, com a final que vai opor a Nigéria à Costa do Marfim, no Estádio Olímpico de Ebimpé em Abidjan, a capital económica marfinense.

Selecção Angolana de futebol.
Selecção Angolana de futebol. © AFP - FRANCK FIFE
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A prova contou com quatro nações lusófonas: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.

Os guineenses e os moçambicanos foram eliminados na fase de grupos, enquanto os cabo-verdianos e os angolanos ficaram arredados da prova apenas nos quartos-de-final.

Os Palancas Negras fizeram história nesta prova: venceram dois jogos na fase de grupos, por 3-2 frente à Mauritânia e por 2-0 perante o Burkina Faso, terminaram no primeiro lugar no Grupo D, e arrecadaram, pela primeira vez, um triunfo na fase de eliminação directa, derrotando a Namíbia por 3-0.

O percurso angolano acabou após a derrota por 1-0 frente à Nigéria, em Abidjan, no Estádio Félix Houphouët Boigny.

Os nigerianos venceram por 1-0, mas o jogo acabou por ser muito equilibrado, aliás o avançado angolano, Zini Salvador, rematou ao poste da baliza dos ‘Super Eagles’.

Em declarações à RFI, Zini Salvador, avançado angolano do AEK Atenas de 21 anos, admitiu estar triste com o resultado e com a oportunidade que teve em que a bola não entrou: «Tivemos muito bem durante a competição. Queríamos alcançar um nível maior, mas não conseguimos. Voltamos para casa com a cabeça erguida porque viemos aqui e fizemos um bom campeonato. Com certeza estamos tristes, mas isso é o futebol. Uns perdem e outros têm de ganhar. Vamos continuar a trabalhar. Faz parte do futebol a bola bater no poste, mas só os que estão dentro é que podem falhar e por isso vou continuar a trabalhar. Claro que fiquei triste por não marcar frente à Nigéria. Tenho ainda muito para dar. Sempre foi um sonho jogar o CAN por Angola, e estou feliz por isso», frisou o internacional que já representou o 1° de Agosto em Angola.

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Zini Salvador, avançado angolano 05-02-2024

Zini Salvador, avançado angolano.
Zini Salvador, avançado angolano. © AFP - KENZO TRIBOUILLARD

Os Palancas Negras fizeram história neste CAN, vencendo pela primeira vez dois jogos na fase de grupos, e alcançando um triunfo inédito num jogo de eliminação directa ao derrotar a Namíbia por 3-0 nos oitavos.

Em declarações à RFI, Eddie Afonso, lateral direito angolano, lembrou que, apesar da decepção, a equipa tem de estar orgulhosa com o percurso que fez: «Só temos de estar orgulhosos daquilo que fizemos. Foi uma grande campanha. Fizemos história. É levantar a cabeça porque temos mais jogos, visto que agora vamos ter o apuramento para o Mundial. É o nosso grande objectivo daqui para a frente. O pessoal tem consciência daquilo que fez. Ninguém queria perder, mas infelizmente não conseguimos vencer frente à Nigéria. Deixamos tudo dentro de campo. O balanço da prova só pode ser positivo. Ninguém esperava que estivéssemos nos quartos. Mostrámos aquilo que somos capazes, mostrámos a nossa força enquanto angolanos. É uma prova que podemos sonhar, que temos qualidade, que temos capacidade. O apoio dos angolanos foi fundamental, que o povo continue connosco, continue a apoiar, que nós vamos sempre dar o nosso melhor dentro de campo para dignificar o povo angolano», sublinhou defesa de 29 anos do Petro de Luanda, que também já representou o Recreativo do Libolo.

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Eddie Afonso, defesa angolano 05-02-2024

Eddie Afonso, defesa angolano.
Eddie Afonso, defesa angolano. © AFP - FRANCK FIFE

Show, médio angolano, também foi pela mesma tónica, preferindo realçar o percurso inédito realizado pelos Palancas Negras: «Foi um jogo muito difícil, mas foi um jogo muito equilibrado do princípio ao fim. O jogo foi ganho pela Nigéria nos detalhes. Agora é continuar a trabalhar. A equipa é muito jovem e há muitas coisas ainda por vir. Todos os angolanos sabem que é um balanço positivo da prova. Queríamos dar mais, mas infelizmente não deu. Saímos com a derrota, não queríamos. Fizemos coisas lindas neste CAN e está de parabéns o grupo todo, bem como todos os angolanos. Agradecer a todos os adeptos, aqueles que vieram até aqui e os outros que nos enviaram energias positivas que recebemos ao longo desta competição. Queremos dar alegria ao nosso povo nas próximas provas», realçou o internacional de 24 anos que actua nos israelitas do Maccabi Haifa, ele que já jogou no Ludogorets Razgrad na Bulgária, no Lille em França, no Boavista e no B SAD em Portugal e no 1° de Agosto em Angola.

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Show, médio angolano 05-02-2024

Show, médio angolano.
Show, médio angolano. © AFP - ISSOUF SANOGO

Nesta edição do CAN, Angola conseguiu ultrapassar a fase de grupos, algo que não tinha feito em 2019 no Egipto.

Em entrevista à RFI, Fredy, capitão de Angola e que esteve presente em 2019, afirmou que os Palancas Negras voltaram a ser colocados no mapa do futebol africano com este percurso: «Voltamos a meter a bandeira de Angola no mapa do futebol. Conseguimos superar as expectativas que certas pessoas tinham de nós. Mas nós tínhamos a ambição de fazer mais. Saímos da prova com um orgulho enorme, porque realmente dignificamos o nome de Angola. E daqui temos de tirar uma aprendizagem para o futuro, de podermos fazer mais e mais! A derrota abalou, mas o grupo de jogadores está todo orgulhoso daquilo que fizemos e daquilo que podemos fazer no futuro. Eu estou aqui pelo país, pela selecção nacional», admitiu o médio de 33 anos dos turcos do Eyupspor, que já representou o Belenenses em Portugal, o Recreativo do Libolo em Angola, o Excelsior nos Países Baixos, e o Antalyaspor na Turquia.

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Fredy, capitão de Angola 05-02-2024

Fredy, capitão de Angola.
Fredy, capitão de Angola. © AFP - FRANCK FIFE

Angola e Cabo Verde foram eliminados nos quartos-de-final do Campeonato Africano das Nações de futebol, enquanto a Guiné-Bissau e Moçambique, as duas outras selecções da África Lusófona, foram afastados na fase de grupos.

A final do Campeonato Africano das Nações de futebol decorre a 11 de Fevereiro em Abidjan entre a Costa do Marfim e a Nigéria.

CAN 2024.
CAN 2024. © AFP - KENZO TRIBOUILLARD

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