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Futebol

António Dominique: «Ouvir o hino angolano no CAN foi emocionante, pensei na minha família»

Os favoritos nesta edição foram todos eliminados neste CAN. Senegal, Argélia, Egipto e Marrocos, favoritos ao título, foram eliminados, enquanto todas as equipas que terminaram no primeiro lugar na fase de grupos, que pelo menos vestiam a pele de favoritos temporariamente, também foram afastados, inclusive Angola e Cabo Verde.

António Dominique, guarda-redes angolano.
António Dominique, guarda-redes angolano. © AFP - KENZO TRIBOUILLARD
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Neste CAN, a palavra proibida é ser favorito no papel, nos resultados obtidos ou até no coração dos adeptos.

Na passada sexta-feira, Angola, que terminou no primeiro lugar no Grupo D e que eliminou facilmente a Namíbia por 3-0 nos oitavos, viu o seu percurso acabar perante a Nigéria, nação que já venceu três vezes o título africano, mas que nesta edição apenas ficou no segundo lugar no Grupo A.

Os nigerianos venceram por 1-0, mas o jogo acabou por ser muito equilibrado, aliás o avançado angolano, Zini Salvador, rematou ao poste da baliza dos Super Eagles’.

A RFI falou com António Dominique, internacional angolano de 29 anos, que representa o Etoile Carouge na Suíça, ele que já vestiu as camisolas do Lausanne-Sport e do Basileia em território helvético, bem como do 1° de Agosto e do Petro de Luanda em Angola.

Um jogo que não foi fácil para António Dominique, o guarda-redes angolano, visto que foi pela primeira vez titular num CAN, entrando para onze devido ao castigo de Neblú.

Um percurso incrível para António Dominique que há um ano atrás tinha posto a sua carreira de lado para estar com a sua família, para também assistir ao nascimento do seu filho.

Para a RFI, António Dominique analisou a derrota frente à Nigéria e fez um balanço da prova para os Palancas Negras.

RFI: Que análise podemos fazer da derrota por 1-0 frente à Nigéria?

António Dominique: Foi uma pena porque tivemos oportunidade de marcar um golo. O futebol é assim. Eles foram mais decisivos, e nós não fomos, infelizmente.

RFI: O golo sofrido foi devido a um pequeno erro?

António Dominique: Não! Foi uma bola dividida. Foi uma bola 50/50. O jogador da Nigéria foi muito hábil, e o defesa tentou tudo. O jogador nigeriano teve a sorte que a bola passou, depois estávamos numa situação de três contra dois, e é difícil defender esse tipo de situações.

RFI: Qual foi a sensação de ouvir o hino para o seu primeiro jogo enquanto titular num CAN?

António Dominique: Foi muito emocionante. Para ser sincero, pensei na minha família. Pensei no meu percurso até hoje. E fiquei grato a Deus por ter tido esta oportunidade. Foi muito, mesmo muito emocionante.

RFI: Que balanço podemos fazer da prova?

António Dominique: Foi muito positivo. Marcámos a história de Angola. Ficámos no primeiro lugar no nosso grupo. Marcámos muito. Somos o melhor ataque da prova. Fomos também sólidos na defesa. Fizemos história. O povo pode estar feliz. Mostrámos boas indicações para o futuro e para as próximas gerações.

RFI: Uma mensagem para o povo angolano?

António Dominique: Muito obrigado pelo apoio. Eu sei qual a realidade do nosso país e o futebol é um desporto popular. O futebol permite reunir muita gente, dar esperança. Isto sem esquecer os meus colegas que participaram nesta aventura, alguns deles eu conheci em Angola quando estive por lá. Eles também se mostraram ao mundo, e espero que todos nós consigamos ter boas carreiras.

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António Dominique, guarda-redes angolano 05-02-2024

 

António Dominique (esquerda), guarda-redes angolano.
António Dominique (esquerda), guarda-redes angolano. © AFP - KENZO TRIBOUILLARD

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