Estudantes protestam contra Instituto de Bolsas de Moçambique

Um grupo de 39 estudantes está acampado junto ao Instituto de Bolsas de Estudos em Maputo desde segunda-feira. Em causa está o cancelamento da viagem para o Brasil após terem sido admitidos na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, uma instituição de ensino superior pública, sediada na cidade de Redenção, no estado do Ceará.

Estudantes protestam contra Instituto de Bolsas de Moçambique. © Getty Images/Gallo Images ROOTS - BFG Images

As bolsas, entretanto, foram canceladas pelo Instituto de Bolsas de Moçambique alegando indisponibilidade financeira para o pagamento de passagens aéreas.

São 39 estudantes nesta situação. Margarida Mipato dá voz ao descontentamento.

“Sentimo-nos abandonados e burlados porque todo o nosso valor foi para a conta do Estado. Não faz sentido cancelar a viagem de sexta para sábado”, afirmou.

A Presidente do Instituto de Bolsas de Estudos, Carla Caomba, diz que a instituição não se responsabiliza pelo pagamento de passagens áreas para o Brasil.

“Nós nunca fizemos uma comunicação que financiaríamos os estudantes da UNILAB, pelo menos estes 39 estudantes. Não tem nenhum ofício, nenhum vínculo com o Instituto de Bolsas como bolseiros oficiais do instituto de Bolsas”, frisou a Presidente.

O Presidente da União Nacional dos Estudantes, Gimésio Cândido, revelou que a agremiação apresentou uma queixa ao Provedor de Justiça contra o Instituto de Bolsas de Estudo.    

“O que nós entendemos é que há uma fuga de responsabilidades por parte do Instituto de Bolsas de Estudo e omissão sobretudo de dever legal”, realçou.

Do Brasil, o reitor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, UNILAB, solidariza-se com os 39 estudantes cujo futuro ainda é incerto.

Ouça o relato de Orfeu Lisboa, o nosso correspondente.

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Correspondência de Moçambique 08-02-2024