Moçambique: professores ameaçam boicotar abertura do ano lectivo
Moçambique – Dezenas de professores moçambicanos manifestaram-se nesta quarta-feira perto da capital, na Matola, denunciando o não pagamento de horas extraordinárias e ameçando com o boicote do arranque do ano lectivo, agendado para dia 31.
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Desde a introdução da Tabela salarial única na Função pública em 2023 que diversos profissionais se queixam de atrasos e cortes no pagamento de salários e horas extrordinárias.
Isac Marrengula é o presidente da Associação nacional de professores, em declarações à agência Lusa ele denunciou terem atingido "o ponto máximo de saturação". Em Novembro do ano transacto a ministra da pasta alegou estar em curso o pagamento "gradual" dos professores. Estes estimam que Carmelita Rita Namashulua teria faltado à verdade.
“A ministra é mentirosa, sem escrúpulos, que não merece estar no cargo que ocupa. Ela mentiu-nos, estamos a falar de 13 meses de horas extras que ela não está a pagar aos professores”, referiu o presidente da Anapro à agência Lusa.
Isac Marrengula, presidente da Associação nacional de professores de Moçambique, registo da agência Lusa, 4/1/2024
Por seu lado Manuel Simbine, porta-voz do Ministério da educação e desenvolvimento humano, admite também estar preocupado com os atrasos registados nos pagamentos, mas que o caso é da tutela do Ministério da economia e finanças.
“Há um trabalho que está sendo feito pelo Ministério da Economia e Finanças nas escolas, de verificação das horas extraordinárias (…) nas escolas em que a verificação terminou nós tivemos garantias de que essas horas extras foram e estão a ser pagas”, afirmou o dirigente à imprensa local, citado pela agência Lusa.
Manuel Simbine, porta-voz do Ministério da educação e desenvolvimento humano de Moçambique, registo da agência Lusa, 4/1/2024
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