Moçambique declara guerra à corrupção
A procuradoria da cidade de Maputo acusou e condenou, este ano, cerca 50 casos de corrupção envolvendo funcionários e agentes do Estado. O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, admite determinação na luta contra todas as formas de corrupção no país.
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Os dados foram divulgados na capital moçambicana, no âmbito das celebrações do dia internacional de luta contra a corrupção que se assinala nesta sexta-feira.
A procuradora adjunta da capital moçambicana, Elisa Chiau, anuncia ganhos no combate a corrupção. “No presente ano, na vertente repressiva, tramitamos um total de 108 processos sobre os crimes de corrupção. Estes processos findamos num total de 60%, sendo que os corruptos foram acusados em 42%”, reconheceu.
Para além das sanções aplicadas nestes casos, o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, exige dos funcionários e agentes do estado, a eliminação das piores práticas de corrupção na função pública.
“Estamos certos de que o compromisso de cada um de nós é prevenir e combater a corrupção de todas as formas (…) isto vai contribuir para melhorar a capacitação de receitas do Estado e deste modo assegurar o financiamento de programas e desenvolvimento do nosso país”, assegurou.
Um estudo divulgado recentemente pelo Centro de Integridade Pública indica que a corrupção custou à economia moçambicana cerca 4,4 mil milhões de euros durante 10 anos o equivalente a 30% do Produto Interno Bruto de cada ano.
Correspondência de Orfeu Lisboa
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