PAIGC quer visão clara do sistema de governo em Bissau
O PAIGC, partido histórico da Guiné Bissau, terminou, este sábado, 24, em Bissau, a sua convenção, que juntou 600 delegados, para debater, uma visão clara sobre o sistema de governo, entre outros assuntos candentes, como uma revisão da constituição vigente no país.
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Foi uma convenção que juntou em Bissau durante três dias, 600
delegados, muitos convidados de outros partidos, as duas filhas do
fundador do partido, Amílcar Cabral, Iva e Indira, e corpo diplomático
acreditado em Bissau.
A reunião, a primeira do género organizada pelo PAIGC, em mais de 50
anos da sua existência, serviu para analisar os mecanismos do reforço
ideológico, da disciplina e promoção dos valores do mérito para
ascensão de militantes.
Tal como disse no discurso do encerramento o líder do PAIGC, Domingos
Simões Pereira, a partir desta convenção o partido terá uma posição
clara sobre o sistema de governo na Guiné-Bissau: Manter o
semipresidencialismo.
O PAIGC é também a favor de uma ampla revisão
constitucional para clarificar os pressupostos da exoneração do
primeiro-ministro o que, na visão do partido, devia passar a originar
automaticamente a queda do Parlamento e convocação de eleições
legislativas.
A convenção do PAIGC recomendou igualmente que a próxima revisão
constitucional esclareça o que é uma grave crise institucional no país
e que altere o processo da nomeação do Procurador-Geral da República.
A nível interno, e com os poderes do presidente reforçados, Domingos
Simões Pereira acredita que o PAIGC estará melhor organizado e desta
feita com todas as condições para vencer as próximas eleições em 2018.
De Bissau, o nosso correspondente, Mussá Baldé.
Mussá Baldé, correspondente, em Bissau
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