Cabo Verde: saldo negativo de graduação a rendimento médio
A OCDE aponta aspectos negativos à passagem do arquipélago-República de Cabo, em 2007, a país de rendimento médio. A redução da ajuda financeira e o aumento empréstimos resultaram num saldo negativo para balanço de pagamentos de Cabo Verde. Mais pormenores com Odair Santos em Cabo Verde.
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O relatório da OCDE mostra que a atribuição à Cabo Verde do estatuto de País de Rendimento Médio em 2007 teve algumas consequências negativas para o arquipélago,designadamente a redução dos subsídios de doadores e o aumento dos empréstimos, como adiantou à imprensa, o director da cooperação para o desenvolvimento da OCDE, Jorge Moreira da Silva.
A composição de parcerias foi uma outra das consequências da graduação de Cabo Verde à a País de Rendimento Médio com alguns doares tradicionais a afastarem-se do apoio ao arquipélago e surgindo novas ajudas financeiras , como no caso da China, revela o estudo da OCDE.
O director da cooperação para o desenvolvimento da OCDE, Jorge Moreira da Silva que defende uma abordagem diferente, sublinha que uma das consequências da redução da ajuda à Cabo Verde, foi a efectivação de mais empréstimos e o consequente endividamento do país.
Segundo Jorge Moreira da Silva, não houve necessáriamente uma alteração do volume financeiro da ajuda,mas a natureza da ajuda à Cabo Verde mudou. A mudança resultou em menos subsídios, mais empréstimos e mais investimento privado.
Reagindo ao estudo da OCDE sobre as consequência da graduação de Cabo Verde a País de Rendimento Médio, o Primeiro- ministro Ulisses Correia e Silva reconheceu, que houve alterações nas condições de acesso à determinados tipos de ajuda, mas segundo o chefe do governo,o arquipélago tem-se adaptado a essas novas condições.
Odair Santos, correspondente em Cabo Verde
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