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SENEGAL

Senegal: Khalifa Sall e Karim Wade fora das presidenciais

A justiça senegalesa confirmou hoje a exclusão do opositor Karim Wade das listas eleitorais. Excluído pelos tribunais da corrida às eleições presidenciais de Fevereiro de 2019 ficou também Khalifa Sall, antigo edil de Dacar, cuja pena de 5 anos de cadeia acaba de ser confirmada.

Macky Sall, presidente senegalês, aposta na sua reeleição no escrutínio presidencial do próximo ano.
Macky Sall, presidente senegalês, aposta na sua reeleição no escrutínio presidencial do próximo ano. REUTERS/Kim Kyung-Hoon
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O Supremo tribunal do Senegal rejeitou hoje, 30 de Agosto, o recurso do opositor Karim Wade após a sua exclusão das listas eleitorais.

Porém o seu advogado estima que ainda lhes restam hipóteses para disputar as eleições presidenciais de Fevereiro de 2019.

Karim Wade, filho e ministro do antigo presidente Abdoulaye Wade (2000-2012), aposta em disputar aquele escrutínio, mas o seu pedido de inscrição nas listas eleitorais tinha sido rejeitado a 2 de Julho pelo Ministério da administração interna.

Na altura tinham sido citado preceitos do Código eleitoral privando de direitos cívicos qualquer pessoa condenada a mais de cinco anos de prisão.

Karim Wade tinha sido condenado em 2015 a seis anos de cadeia efectiva, a mais de 210 milhões de euros de multa por "enriquecimento ilícito" e à apreensão de todos os seus bens.

A sentença fora confirmada, após um recurso em Agosto desse ano, mas acabara por beneficiar de uma graça presidencial em Junho de 2016. Karim Wade vive, desde então, sobretudo no Kuwait.

Também hoje o Tribunal de recurso de Dacar confirmou a condenação do antigo presidente da câmara da capital, Khalifa Sall, a cinco anos de cadeia por corrupção.

O ex edil de Dacar que já tinha declarado a sua intenção em disputar as eleições presidenciais do próximo ano fica, assim, oficialmente arredado da corrida.

A sua defesa promete, porém, apresentar novo recurso, desta feita junto do Supremo Tribunal para conseguir anular esa decisão.

Enquanto isto Macky Sall, presidente cessante, beneficia do apoio de uma coligação de liberais e socialistas com vista à sua reeleição.

O politólogo Henri Labéry em Dacar comenta este cenário, lembrando que os advogados de Khalifa Sall e de Karim Wade podem tentar ainda novo recurso e que a democracia senegalesa se tem vindo a fragilizar.

01:08

Henri Labéry, politólogo em Dacar

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