Guiné-Bissau: Forças Armadas falam em acusações "provocatórias" do PAIGC
Na Guiné-Bissau, o Estado Maior General das Forças Armadas considerou, nesta quinta-feira, "provocatórias" as acusações do PAIGC. O partido histórico guineense tinha a 8 de Abril deplorado a suposta instrumentalização das hierarquias militares pelo Presidente da República.
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Em causa, visitas efectuadas pela hierarquia castrense a unidades militares, alertando os respectivos membros a afastarem-se dos políticos que os tentam aliciar para golpes de Estado. Em conferência de imprensa, Samuel Fernandes, porta-voz do Estado maior general das Forças Armadas, explicou a posição das FA.
"Os acontecimentos de 01 de Fevereiro de 2022 e 01 de Dezembro de 2023 que envolveram a participação direta de alguns militares das nossas Forças Armadas comprovadamente aliciados e mobilizados por políticos, desrespeitando e vilipendiando sistematicamente um órgão de soberania e a expressão da vontade popular provocando recorrentemente situações subversivas e perturbações anti-democráticas.
O Estado Maior General das Forças Armadas afirma que, doravante, estará determinado com muita firmeza e determinação contra todos aqueles, principalmente políticos, que tentem alterar a ordem constitucional estabelecida, utilizando os quartéis nas suas sórdidas e antipatrióticas conspirações.
Lembrar ao PAIGC que as Forças Armadas há muito que deixou de ser o feudo de um partido político e muito menos deixar de ser manipulado por interesses inconfessos de políticos e organizações políticas que, teimosamente, insistem em querer manipular e transformar as Forças Armadas em um instrumento de rupturas e golpes constitucionais".
Ouça aqui as palavras de Samuel Fernandes, porta-voz do Estado maior general das Forças Armadas em conferência de imprensa:
Som Samuel Fernandes, Forças Armadas Guiné-Bissau
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