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Burundi

Impasse nas negociações sobre Burundi

No Burundi, reina o impasse negocial. O mediador da crise, Benjamin Mkapa, quer uma cimeira extraordinária dos chefes de Estado da Comunidade dos Estados da África de Leste.

Benjamin Mkapa, o mediador da crise no Burundi
Benjamin Mkapa, o mediador da crise no Burundi EBRAHIM HAMID / AFP
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Benjamin Mkapa, o mediador da crise no Burundi, quer uma cimeira extraordinária dos chefes de Estado da Comunidade dos Estados da África de Leste. O objectivo é estudar os “obstáculos ao processo de paz” no país.

O pedido foi feito no final de quatro dias de negociações, sem qualquer resultado, em Arusha, na Tanzânia. As conversações foram boicotadas pela delegação do governo do Burundi que recusou sentar-se na mesma mesa que a CNARED, a coligação que junta quase toda a oposição ao presidente Pierre Nkurunziza.

Na reunião plenária deste domingo, a CNARED também não participou, apesar de se ter reunido com o mediador por duas vezes. A oposição acusa o antigo presidente tanzaniano de apoiar o governo burundês ao ter estimado como legítima a reeleição de Nkurunziza em Julho do ano passado. A oposição considera o terceiro mandato como inconstitucional.

Por outro lado, as posições são demasiado divergentes para se chegar a acordo. Em primeiro lugar, o governo só quer falar das próximas eleições em 2020 e, em segundo lugar, a oposição quer um governo de transição e a saída do presidente Nkurunziza.

O Burundi vive uma grave crise desde o anúncio, em Abril de 2015, da candidatura de Nkurunziza a um terceiro mandato. Os protestos foram reprimidos, houve entre 500 a 1000 mortos e cerca de 400.000 pessoas abandonaram o país.
 

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