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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: Polícia usa da força para dispersar manifestantes

A coligação Plataforma Aliança Inclusiva, Terra Ranka, convocou para esta segunda-feira, 8 de Janeiro, um protesto contra o regime do Presidente Umaro Sissoco Embalo. Apesar da forte repressão policial, algumas manifestantes saíram às ruas de Bissau.

Rua de Bissau, capital guineense. Imagem de arquivo.
Rua de Bissau, capital guineense. Imagem de arquivo. AP - Rebecca Blackwell
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Um grupo de pessoas, na sua maioria jovens, manifestou-se hoje em algumas arteiras de Bissau, nomeadamente junto à sede das Nações Unidas. A polícia ocupou as principais avenidas de Bissau e todos os pontos de confluências de bairros, bem como locais de aglomeração de pessoas, e usou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.

Pelo menos três pessoas ficaram feridas e outras sentiram-se mal devido à inalação do gás lançado pelas forças de ordem. A Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), organizadora da manifestação, denunciou o uso de força pelas autoridades, impedindo os cidadãos se manifestem.

"Nesta manhã do dia 08 de Janeiro de 2024, verificou-se, mais uma vez, o carácter autoritário e ditatorial que o regime actual pretende instalar na Guiné-Bissau.  Forças de ordem e segurança, fortemente armados com tanques de água e a mando das autoridades ilegais, detiveram alguns manifestantes e lançaram granadas de gás lacrimogéneos para dispersar uma manifestação popular, convocada pela coligação PAI -Terra Ranka, junto à rotunda de Chapa de Bissau e, posteriormente, junto à Sede das Nações Unidas na Guiné-Bissau", pode ler-se na página de Facebook do PAIGC.

No entanto, a coligação afirmou que essencial da manifestação foi alcançado, levando o povo à rua para protestar contra a decisão do Presidente Umaro Sissoco Embaló dissolver o Parlamento eleito.

Nos próximos dias, a coligação, liderada por Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), promete dar uma conferência de imprensa para reagir à situação política que se vive no país.

A RFI tentou contactar Botche Cande, ministro do interior da Guiné-Bissau, mas até ao momento sem sucesso.

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