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São tomé e Príncipe

Sociedade civil insta autoridades a investigar tentativa de golpe

A Federação das Organizações Não-Governamentais (FONG) em São Tomé e Príncipe, condenou a violação dos direitos humanos no país, após tentaiva de golpe de Estado, e instou as autoridades a fazer as diligências, com os parceiros internacionais, para se apurar a verdade dos factos.

Ruas da capital São Tomé
Ruas da capital São Tomé © Neidy Ribeiro
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A Federação das Organizações Não-Governamentais (FONG) em São Tomé e Príncipe condenou de modo “veemente” “todas as tentativas forjadas com vista à subversão da ordem pública por via da violência”.

“Foi com surpresa que tomamos conhecimento que alguns dos alegados implicados no triste episódio e que se encontravam sob custódia das Forças Armadas acabaram por morrer”, lamentou Arminda Rolim, presidente do conselho fiscal da Federação de ONG.

Arminda Rolim acrescentou que as quatro mortes “foram precedidas de uma grosseira agressão física e tortura”, com base em imagens e vídeos divulgados no dia do ataque ao quartel.

“O tempo entre o momento e outro foi muito exíguo. As imagens postas a circular nas redes sociais falam por si, indicando que essas mortes foram precedidas por uma grosseira agressão física e tortura”, denunciou.

A presidente do conselho fiscal das Organizações Não-Governamentais reconheceu que “estamos diante uma clara violação dos direitos humanos. Isto merece a condenação da sociedade civil”.

A Federação das Organizações Não-Governamentais em São Tomé instou as autoridades são-tomenses a fazer as diligências com os parceiros internacionais para se apurar a verdade dos factos.

“A FONG São Tomé insta o Estado são-tomense a solicitar os parceiros de cooperação uma investigação internacional, com carácter urgente, no sentido de se apurar a verdade do triste episódio do dia 25 de Novembro e publicitar as conclusões do mesmo, por forma a dissipar eventuais especulações”, explicou.

Esta investigação terá o auxílio de elementos da Polícia Judiciária e um do Instituto de Medicina Legal de Portugal, que chegaram a São Tomé esta semana.

Após um dia de detenção no quartel onde se passou a tentativa de golpe de Estado e onde foram mortas quatro pessoas, os detidos foram transferidos para a Polícia Judiciária onde a Ordem dos Advogados conseguiu falar com as pessoas detidas, representando-os agora legalmente. Há 17 pessoas detidas, entre eles muitos militares de baixa patente e Delfim Neves, antigo presidente da Assembleia Nacional do país.

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