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Detidos denunciam espancamentos no quartel-general em São Tomé

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Os detidos no seguimento da tentativa de golpe de Estado estão a ser ouvidos pelo Tribunal de Instrução. Há 17 pessoas detidas, entre eles muitos militares de baixa patente e Delfim Neves, antigo presidente da Assembleia Nacional do país. Entre os detidos, pelo menos cinco dizem ter sido vítimas de tortura enquanto estavam sob custódia dos militares.

São Tomé e Príncipe continua a sentir as ondas de choque do ataque ao quartel-general das Forças Armadas na sexta-feira.
São Tomé e Príncipe continua a sentir as ondas de choque do ataque ao quartel-general das Forças Armadas na sexta-feira. AP - ARMANDO FRANCA
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Após um dia de detenção no quartel onde se passou a tentativa de golpe de Estado e onde foram mortas quatro pessoas, os detidos foram transferidos para a Polícia Judiciária onde a Ordem dos Advogados conseguiu falar com as pessoas detidas, representando-os agora legalmente.

No entanto, enquanto estiveram no quartel, pelo menos cinco dos detidos foram espancados, tendo mais tarde recebido tratamento médico, como descreveu Wilfred Moniz, bastonário da Ordem dos Advogados.

"O que os detidos têm relatado, mesmo junto do tribunal, é que foram espancados no quartel. É isso que alguns detidos dizem. Não na Polícia Judiciária, mas sim antes, ou seja, num momento em que a Ordem dos Advogados não tinha acesso a estas pessoas nem informações sobre o que estava a acontecer. As pessoas das Nações Unidas interferiram e nós também, nós fizemos o nosso papel para as pessoas receberem tratamento médico. Cerca de cinco ou seis pessoas tiveram de receber tratamento", disse Wilfred Moniz.

O bastonário aponta ainda outras infrações dos direitos humanos, nomeadamente os procedimentos das detenções dos envolvidos no golpe de Estado, que só agora estão a ser regulamentados.

O ex-presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, deve ser ouvido hoje e tanto ele como os restantes conhecidos devem saber nos próximos dias quais as medidas de coação que lhes vão ser aplicadas, já que segundo Moniz estão acusados de inversão da ordem da ordem pública. 

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