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Vida em França

Burkina Faso expulsa jornalistas do Le Monde e Libération

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Esta é a mais recente medida da Junta militar contra os meios de comunicação franceses. O Burkina Faso viveu dois golpes no ano passado e continua a lutar contra uma insurgência jihadista que se espalhou do vizinho Mali, em 2015.

Manifestantes seguram cartazes durante um protesto em apoio ao Presidente de transição do Burkina Faso, capitão Ibrahim Traore, e para exigir a saída do embaixador francês e das forças militares, em Ouagadougou, 20 de Janeiro de 2023. (ilustração)
Manifestantes seguram cartazes durante um protesto em apoio ao Presidente de transição do Burkina Faso, capitão Ibrahim Traore, e para exigir a saída do embaixador francês e das forças militares, em Ouagadougou, 20 de Janeiro de 2023. (ilustração) AFP - OLYMPIA DE MAISMONT
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O Burkina Faso expulsou os correspondentes do Le Monde e Libération este domingo, 2 de Abril. As autoridades do Burkina Faso já tinham suspendido as transmissões da France 24, na semana passada, depois do canal ter transmitido uma entrevista ao chefe da Al Qaeda no norte de África, alegando tratar-se de “parte de um processo de legitimação da mensagem terrorista”. A Junta militar também tinha suspendido as emissões, da RFI, em Dezembro de 2022.

O jornal Libération protestou a decisão de expulsões e sugeriu que estavam relacionadas com a uma investigação sobre as circunstâncias em que um vídeo foi filmado, mostrando crianças e adolescentes a serem executados num quartel militar por um soldado não agradou a Junta no poder em Burkina Faso. Depois da publicação do artigo, o porta-voz do governo de transição condenou “manipulações disfarçadas de jornalismo para manchar a imagem do país”.

"A junta militar considera que esses dois meios de comunicação franceses produziam informações que não condiziam com factos que decorriam no terreno", sublinha o investigador e doutorando no Instituto de Estudos Políticos da Universidade de Bordéus, Régio Conrado. Existe um sentimento crescente contra os órgãos de comunicação franceses aponta, ainda, o investigador. "Há uma certa sensibilidade por parte de alguns Estados africanos em relação às narrativas conduzidas pelos órgãos de comunicação ocidentais", lembra.

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